segunda-feira, 4 de maio de 2015

LEITURA DE MAIO



Livro indicado: “A casa dos budas ditosos” de João Ubaldo Ribeiro

Destinatários:  público em geral

Data:  28 maio 2015

Horário:  21h00  às 22h00






Sinopse
Envolvido em polémica assim que foi lançado no mercado português, este livro do escritor brasileiro João Ubaldo Ribeiro subiu rapidamente para os tops de vendas, tal como acontecera no Brasil, onde já ultrapassou os cem mil exemplares. Escrito em 1998, por encomenda da Editora Objectiva para uma série de livros sobre os sete pecados capitais, "A Casa dos Budas Ditosos" trata do pecado da luxúria.  É o relato escaldante das memórias de uma velha baiana libertina que reside no Rio de Janeiro. Desde a sua adolescência na Baía, passando pelos Estados Unidos, até ao Rio onde vive, esta mulher seduziu ao longo da vida amigos e familiares, casados ou solteiros, rapazes e garotas, a sós ou em grupo, para participarem nas suas imaginativas actividades sexuais. A linguagem do livro é despudoradamente crua, mordaz, corrosiva, mas pontuada por apurado sentido de humor. Alguns chegaram a classificar o livro de pornográfico. Mas o escritor, de 58 anos, descendente de portugueses ,membro da Academia Brasileira de Letras, não se intimida. E afirmou ao jornal "Público": « Eu não me importo que digam que (o meu livro) é pornográfico. Posso não gostar. Mas quem tem boca diz o que quer. Eu escrevi o que quis. Os leitores que decidam. Houve algumas críticas extremamente desfavoráveis mas houve também uma grande repercussão positiva. Aqui no Brasil, o livro está sendo levado a sério. Ainda agora estive na Sociedade de Psicanálise, num debate. E comecei a receber um tal volume de correspondência de mulheres que gostaram da protagonista...»
João Ubaldo Ribeiro

Jornalista, escritor e argumentista brasileiro nascido a 23 de Janeiro de 1941, na Ilha de Itaparica, Baía. Estreou-se como jornalista em 1957 no Jornal da Bahia. Estudou Direito na Universidade Federal da Baía e, enquanto estudava, participou na edição de jornais e revistas e numa colectânea de contos editada pela universidade em 1961. Em 1963 escreveu o seu primeiro romance, Setembro não faz sentido, que só foi publicado cinco anos mais tarde. Fez o mestrado em Administração Pública e Ciência Política, em 1964, na Universidade da Califórnia do Sul, nos Estados Unidos da América, e, de 1965 a 1971, ingressa na Universidade Federal da Baía como professor de Ciências Políticas. Insatisfeito com a experiência, retoma a sua actividade como jornalista. Em 1971 publica o seu romance Sargento Getúlio, que foi alvo de produção cinematográfica em 1983. Viajou e viveu em vários lugares, entre eles em Portugal, em 1981, em consequência de uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian. Participou em vários eventos culturais no estrangeiro, como o Festival Internacional de Escritores (1982), no Canadá, e a Feira do Livro de Frankfurt (1994), na Alemanha. Professor catedrático na Universidade de Tubigem, na Alemanha, passou a fazer parte da Academia Brasileira de Letras em 1994. Entre as várias obras do autor encontram-se os romances O sorriso do lagarto (1989), alvo da elaboração de uma série televisiva, A casa dos Budas Ditosos (1999) e Diário do Farol (2002), as crónicas Um brasileiro em Berlim (1995) e O Conselheiro Come (2000), e na literatura infanto-juvenil Vida e paixão de Pandomar, o cruel (1983). 
Venceu o prestigiado Prémio Camões em 2008.
Morreu a 18 de julho de 2014, no Rio de Janeiro.

sábado, 2 de maio de 2015

CLUBE DE LEITURA - ABRIL

A sessão de abril do Clube de Leitura da Biblioteca Municipal, decorreu de uma forma muito divertida e participada na abordagem à obra  "Crónica do rei pasmado" de Gonzalo Torrente Ballester. Apesar de estar classificado como romance, esta obra poderia ser designada de novela, usando o autor ingredientes para construir toda a trama, com um grande sentido de humor.

A história parte do facto de facto do Rei, ao  ver pela primeira vez uma mulher nua, ficar tão pasmado que deseja contemplar também a Rainha, sua esposa, nua. Este seria um desejo absolutamente normal e legítimo, não fosse à época, pleno século XVII, um pedido insólito, onde a corte e o clero tinham protocolos que regulamentavam todos actos do rei, sendo mesmo necessário um requerimento formal de cada vez que o Rei quisesse passar a noite no quarto da Rainha tendo, para tal, de apresentar justificação.

As intrigas ganham vida com um conjunto de personagens como Marfisa,  o Conde Peña Andrada, o Primeiro-Ministro, o Valido, os Padres Villaescusa, Luís e Almeida, a Camareira Real e a Madre Superiora, numa Espanha dominada pela Inquisição onde não falta a presença de um jesuíta português...