quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

CLUBE DE LEITURA - JANEIRO 2024

Com uma periodicidade mensal (à exceção de agosto), o Clube de Leitura destina-se a promover o prazer da leitura partilhada. 

As reuniões decorrem à volta de um livro previamente escolhido e lido por todos, proporcionando a convivência e a discussão entre quem gosta de ler e explorar os livros lidos, tornando a experiência da leitura ainda mais estimulante. Pontualmente poderá ter um escritor/dinamizador convidado.

O Clube de Leitura reunirá a 25 de janeiro, pelas 21h00.

O livro selecionado será "Niketche: uma história de poligamia", de Paulina Chiziane. 


Sinopse: Rami, casada há vinte anos com Tony, um alto funcionário da polícia, de quem tem vários filhos, descobre que o partilha com várias mulheres, com as quais ele constituiu outras famílias. O seu casamento, de «papel passado» e aliança no dedo, resume-se afinal a um irónico drama de que ela é apenas uma das personagens. Numa procura febril, Rami obriga-se a conhecer «as outras». O seu marido é um polígamo! Na via dolorosa que então começa, séculos de tradição e de costumes, a crueldade da vida e as diferenças abissais de cultura entre o norte e o sul da terra que é sua, esmagam-na.


E só a sabedoria infinita que o sofrimento provoca lhe vai apontando o rumo num labirinto de emoções, de revelações, de contradições e perigosas ambiguidades. Poligamia e monogamia, que significado assumem? Cultura, institucionalização, hipocrisia, comodismo, convenção ou a condição natural de se ser humano, no quadro da inteligência e dos afetos? Paulina Chiziane estende-nos o fio de Ariadne e guia-nos com o desassombro, a perícia e a verdade de quem conhece o direito e o avesso da aventura de viver a vida.

Niketche, dança de amor e erotismo, é um espelho em que nos vemos e revemos, mas no qual, seguramente, só alguns de nós admitirão refletir-se.

Quem é Paulina Chiziane?


Nasceu em Manjacaze, Moçambique, em 1955. Estudou Linguística em Maputo, mas não concluiu o curso. Atualmente vive e trabalha na Zambézia. Ficcionista, publicou vários contos na imprensa (Domingo, na «Página Literária», e na revista Tempo). Publicou o seu primeiro romance, Balada de Amor ao Vento, depois da independência (1990), que é também o primeiro romance de uma mulher moçambicana. Ventos do Apocalipse, concluído em 1991, saiu em Maputo em 1995 como edição da autora e foi publicado pela Caminho em 1999. O Sétimo Juramento e Niketche foram publicados em Portugal em 2000 e 2002, respetivamente. Afirma: «Dizem que sou romancista e que fui a primeira mulher moçambicana a escrever um romance, mas eu afirmo: sou contadora de estórias e não romancista. Escrevo livros com muitas estórias, estórias grandes e pequenas. Inspiro-me nos contos à volta da fogueira, minha primeira escola de arte.».
Em 2014, foi agraciada pelo Estado português com o grau de Grande Oficial da Ordem Infante D. Henrique. Em 2021, recebeu o mais prestigiado galardão das letras lusófonas, o Prémio Camões.


CLUBE DE LEITURA - DEZEMBRO

Na passada quinta-feira, 14 de dezembro, pelas 20h00, decorreu mais um encontro do Clube de Leitura, desta vez para uma sessão dedicada ao Natal.

Assim, após um jantar com iguarias natalícias que todos se esmeraram por trazer, pudemos disfrutar de uma troca de textos, previamente selecionados, de poesia, prosa poética, prosa, contos, anedotas e até alguns cânticos de Natal, da autoria dos mais variados autores, como David Mourão Ferreira, Miguel Torga, António Bagão Félix, Irene Vallejo e muitos outros.



































terça-feira, 5 de dezembro de 2023

CLUBE DE LEITURA - DEZEMBRO

A sessão do clube de dezembro será dedicada ao Natal.  Faremos um jantar convívio com a partilha de iguarias gastronómicas trazidas pelos elementos do clube, seguindo-se as leituras contos, poemas, anedotas, entre outras propostas, subjacentes ao tema do Natal.

 

Dia 14 de dezembro (quinta-feira)


20h00 – jantar convívio com partilha de iguarias salgadas, vegetarianas, doces, bebidas.


21h00 - Leitura de contos, poemas, anedotas, interpretação de canções, entre outras expressões artísticas.




CLUBE DE LEITURA - NOVEMBRO

Na passada 5ª feira, dia 30 de novembro, pelas 21h00, decorreu mais uma sessão do Clube de Leitura para uma abordagem e debate da obra "A biblioteca da meia-noite", de Matt Haig, jornalista inglês.

Esta obra venceu o Prémio Goodreads para Melhor Livro de Ficção em 2020, foi Finalista British Book Award em 2021 e considerado um bestseller pelo New York Times, Sunday Times e Amazon, ao lado de nomes como Elena Ferrante, Ken Follett e Hilary Mantel.

O romance foi bem construído, de fácil leitura, escrita acessível, por vezes poética, uma narrativa original, despretensiosa e imaginativa, oferece-nos uma alegoria filosófica sobre a vida, o arrependimento e a possibilidade de voltar atrás no tempo e refazer tudo de novo.

Com uma imaginação prodigiosa, o autor, através de uma bibliotecária e recorrendo à infinidade de livros e histórias disponíveis numa biblioteca, cria uma ficção credível, usando por vezes uma terminologia científica (Fisica Quântica, Teoria das Cordas, o Gato Schrödinger), pura alegoria filosófica, uma panóplia de histórias dentro de histórias para dar à sua personagem principal, Nora Seed, a hipótese de confrontar os seus arrependimentos, de viver as vidas que podia ter vivido se tivesse tomado outras opções, tivesse seguido o coração ao invés dos receios, para ver se assim seria mais feliz. 

No limiar entre a vida e a morte, depois de uma vida cheia de desgostos e carregada de remorsos, Nora Seed dá por si numa biblioteca onde o relógio marca sempre a meia-noite e as estantes estão repletas de livros que se estendem até perder de vista. Cada um desses livros oferece-lhe a hipótese de experimentar uma outra vida, de fazer novas escolhas, de corrigir erros, de perceber o que teria acontecido se tivesse escolhido um caminho diferente. As possibilidades são infinitas e vários horizontes se abrem à sua frente.

Mas será que algum desses caminhos lhe proporciona uma vida mais perfeita do que aquela que conheceu? Na altura da escolha final, Nora terá de olhar para dentro de si mesma e decidir o que de facto lhe preenche a vida e o que faz com que valha a pena vivê-la.

E se pudesses escolher a melhor vida para viver, o que farias?

Em resumo, "A Biblioteca da meia-noite" é um livro que celebra o poder da leitura e a sua capacidade de nos transportar para diferentes mundos, ensinando-nos a importância da esperança, coragem e resiliência.

Viver não é nos limitarmos a estar vivos...










segunda-feira, 30 de outubro de 2023

CLUBE DE LEITURA NOVEMBRO 2023

Com uma periodicidade mensal (à exceção de agosto), o Clube de Leitura destina-se a promover o prazer da leitura partilhada. 

As reuniões decorrem à volta de um livro previamente escolhido e lido por todos, proporcionando a convivência e a discussão entre quem gosta de ler e explorar os livros lidos, tornando a experiência da leitura ainda mais estimulante. Pontualmente poderá ter um escritor/dinamizador convidado.

O Clube de Leitura reunirá a 30 de novembro, pelas 21h00.

O livro selecionado será "A biblioteca da meia-noite", de Matt Haig.


Sinopse: Se pudesse escolher a melhor vida para viver, o que farias?

No limiar entre a vida e a morte, depois de uma vida cheia de desgostos e carregada de remorsos, Nora Seed dá por si numa biblioteca onde o relógio marca sempre a meia-noite e as estantes estão repletas de livros que se estendem até perder de vista. Cada um desses livros oferece-lhe a hipótese de experimentar uma outra vida, de fazer novas escolhas, de corrigir erros, de perceber o que teria acontecido se tivesse escolhido um caminho diferente. As possibilidades são infinitas e vários horizontes se abrem à sua frente.

Mas será que algum desses caminhos lhe proporciona uma vida mais perfeita do que aquela que conheceu? Na altura da escolha final, Nora terá de olhar para dentro de si mesma e decidir o que de facto lhe preenche a vida e o que faz com que valha a pena vivê-la.

A Biblioteca da Meia-Noite transformou-se num bestseller a nível internacional, com um milhão de livros vendidos em todo o mundo.

Criticas

«Uma fábula belíssima, um Do Céu Caiu Uma Estrela dos tempos modernos. Incrivelmente intemporal, numa altura em que estamos todos encurralados num mundo que desejaríamos que fosse diferente.»
Jodi Picoult

Quem é Matt Haig?



Natural de Sheffield, em Inglaterra, e começou a sua carreira como jornalista, tendo colaborado com conceituadas publicações britânicas. Iniciou-se na escrita de ficção em 2004 e, desde então, nunca mais parou, sendo atualmente um autor bestseller internacional de obras para adultos e para o público mais jovem, com livros publicados em mais de 30 idiomas.
Considerado pelo New York Times como «um romancista de grande talento», apresenta-nos histórias que muitas vezes fundem a realidade com a fantasia, oferecendo-nos uma escrita que o Guardian descreve como sendo «deliciosamente estranha».

CLUBE DE LEITURA DE OUTUBRO 2023

Na passada 5ª feira, dia 26 de outubro, pelas 21h00, decorreu mais uma sessão do Clube de Leitura para a abordagem e discussão da obra "Pedro Páramo", de Juan Rulfo (1917-1986). 

Como neste mês de outubro o Clube faz 11 anos de existência, foi também comemorado com um delicioso bolo e umas belas ofertas de um lápis personalizado para cada um dos elementos.

A novela "Pedro Páramo" publicada em 1955, foi considerada uma Obra Representativa da Unesco e dos livros mais influentes do século XX, tendo representado um ponto de viragem na literatura hispano-americana e mundial, que ajudou a renovar.

A nota introdutória da autoria de Gabriel Garcia Márquez, Prémio Nobel da Literatura em 1982, dá-nos conta da importância que teve para ele esta obra e como francamente influenciou posteriormente grandes nomes da Literatura como Octávio Paz, Jorge Luís Borges, Eduardo Galeano, Gunter Grass, Susan Sontag e muitos outros. Jorge Luís Borges confessou que a leitura desta obra o ajudou a superar um momento em que lhe estava a faltar a criatividade.

Também já foi alvo de duas adaptações para cinema em 1967 e 1976, estando em processo de adaptação uma 3ª versão pela Netflix, sob a direção de Pedro Prieto, de origem mexicana, que tem trabalhado como diretor de fotografia com realizadores como Pedro Almodôvar, Spike Lee, Martin Scorcese e Oliver Stone. Por isso, vai certamente merecer toda a nossa atenção, ainda em 2023. Será? Aguardemos pois!

Juan Rulfo já tinha publicado uma coletânea de contos "Chão em chamas" em 1953. Em 1964, publicou ainda "O galo de ouro" que começou por ser um roteiro de um filme, mas acabou sendo publicado como romance em 1980. Apesar de ter abandonado a escrita de livros depois da publicação destas obras, Rulfo continuou ativo na cena literária mexicana, colaborando com outros escritores em roteiros (Carlos Fuentes e Gabriel Garcia Márquez) escrevendo para televisão e dedicando-se à fotografia.

Desde 1962 até sua morte, Rulfo foi diretor do departamento de publicações do Instituto Nacional Indígena do México. Foi membro da Academia de Letras Mexicana e recebeu vários prémios literários em vida, de entre os quais o Prémio Príncipe das Astúrias, em 1983. O escritor morreu, de câncer, aos 68 anos.

Rulfo é considerado um precursor do chamado “Realismo Mágico" latino-americano, um movimento que contou com integrantes como Garcia Márquez, Jorge Luís Borges e Júlio Cortázar, todos seus confessos admiradores.

A novela é passada durante a revolução Cristera que decorreu no México entre 1926 e 1929. Na sequência da Constituição mexicana de 1917, com leis anti-clericais e após uma Assembleia Constituinte em 1º de dezembro de 1917, que pretendia impor repressão sobre a Igreja Católica, provocou um levantamento popular e um conflito armado. A reação popular teve início a 1 de janeiro de 1927. A novela narra a história de Juan Preciado, que chega a Comala à procura do seu pai Pedro Páramo, um homem corrupto pela revolução. Depara-se com um mundo de mortos vivos.

Há uma certa relação da obra com a vida do autor e da sua família, visto que Rulfo nasceu em uma família de proprietários de terra que ficou arruinada pela Revolução Mexicana, o seu pai e dois tios morreram na época da Guerra Cristera  e com a morte de sua mãe, por um ataque cardíaco.

Dolores Preciado, mãe de Juan Preciado está no seu leito de morte, e pede ao filho para voltar à sua cidade natal, Comala, para que este conheça finalmente o seu pai, Pedro Páramo. Juan concorda, e parte então nesta viagem louca, para uma cidade fantasma, que quando nos apercebemos, tem bastantes pessoas.

Assim, fazemos um percurso onírico onde o nosso guia, Juan Preciado, filho de “um tal Pedro Páramo”, começa por nos conduzir, até que nos perdemos (assim como o nosso guia/narrador) no meio de vozes que sopram histórias, que avançam e recuam no tempo, que se encontram e se desencontram, que nos falam de Comala – ou seja, do México, da América Latina. Tomamos conhecimento de almas que divagam, de senhores de terras e de gentes, de corrupção e de poder, prisões e assassinatos, abandono e traições, amores perdidos e revolta contra Deus, mulheres amadas e outras tomadas à força, a guerra contra e a compra dos mesmos. Abrimos e fechamos portas, entramos e saímos de enredos, pairando por um percurso fantasioso, mas terrivelmente próximos do que é a profunda América Latina.

Muito bem escrito, com linguagem direta e clara, mas sem linearidade narrativa, cronologicamente desorganizado, exige ao leitor juntar as peças e preencher as lacunas, requerendo uma leitura atenta e, se possível, uma segunda leitura.

Um livro que nos desassossegou, com momentos de algum humor negro, muito criativo, em que são os mortos que nos relatam as suas vidas, numa descrição surrealista.












terça-feira, 3 de outubro de 2023

CLUBE DE LEITURA - OUTUBRO 2023 (11º aniversário)

Com uma periodicidade mensal (à exceção de agosto), o Clube de Leitura destina-se a promover o prazer da leitura partilhada. 

As reuniões decorrem à volta de um livro previamente escolhido e lido por todos, proporcionando a convivência e a discussão entre quem gosta de ler e explorar os livros lidos, tornando a experiência da leitura ainda mais estimulante. Pontualmente poderá ter um escritor/dinamizador convidado.

O Clube de Leitura reunirá a 26 de outubro, pelas 21h00.

O livro selecionado será "Pedro Páramo ", de Juan Rulfo.



Sinopse: 
Em 2017 celebra-se em todo o mundo o centenário do nascimento de Juan Rulfo.

«Álvaro Mutis subiu, a passos largos, os sete pisos da minha casa com um pacote de livros, separou do monte o mais pequeno e curto e disse-me, morto de riso:
— Leia isto, carago, para que aprenda!
Era Pedro Páramo.
Nessa noite não consegui adormecer enquanto não terminei a segunda leitura. Nunca, desde a noite tremenda em que li A Metamorfose, de Kafka, numa lúgubre pensão para estudantes em Bogotá — quase dez anos antes —, eu sofrera semelhante comoção (…).
Não são muito mais de 300 páginas, mas são quase tantas, e creio que tão perduráveis, como aquelas que conhecemos de Sófocles.»
Do texto introdutório de Gabriel García Márquez, Prémio Nobel de Literatura

A obra de Juan Rulfo influenciou de forma decisiva autores distinguidos com o Prémio Nobel de Literatura, como Gabriel García Márquez e Octávio Paz.

Quem é Juan Rulfo?



PRÉMIO NOBEL DE LITERATURA 1970

Juan Rulfo (México, 1917-1986) é talvez o autor sul-americano mais comentado, elogiado e imitado do século XX.
Toda a sua obra literária conhecida, que reunida pouco ultrapassa as 300 páginas, é considerada como fundadora, origem de uma nova forma de literatura, que deu lugar a escritores como Gabriel García Márquez, um dos seus mais famosos e reconhecidos devedores.
De Pablo Neruda a Carlos Fuentes, de Octávio Paz a Jorge Luis Borges e Juan Carlos Onetti, abundam os testemunhos de admiração dos seus pares e o assombro e desconcerto da crítica.
Em contraste com este enorme rumor a rodear a escassa obra de Rulfo, está o silêncio em que desapareceu o escritor desde a publicação, em 1955, de Pedro Páramo e até à sua morte, em janeiro de 1986. Silêncio este apenas interrompido pela revelação esporádica, por parte de jornalistas, da iminente "saída" de uma nova novela, La cordillera, que acabou por se tornar mítica.
As tentativas de explicar esta prematura interrupção da escrita de um dos mais marcantes escritores contemporâneos no auge da sua fama contribuiu para aprofundar a «lenda Rulfo», não faltando comparações com a de Rimbaud.
Em finais de 1958 escreveu a sua segunda novela, O Galo de Ouro concebida originalmente para servir como argumento para cinema e publicada em livro em 1980.
Vencedor do Prémio Nacional de Literatura, em 1970 Juan Rulfo é hoje um nome cimeiro da Literatura Mundial, estando a sua obra traduzida em mais de cinquenta línguas.

Opiniões:

Pedro Páramo, uma história de vidas


Cláudia Santos


Uma história cheia de tradições, de vida depois da morte e do convívio da morte com a vida. Juan Rulfo tem vindo a tornar-se um hábito nas minhas leituras. De um poder imenso com as palavras.



segunda-feira, 2 de outubro de 2023

CLUBE DE LEITURA SETEMBRO 2023

Na passada 5ª feira, dia 28 de setembro, pelas 21h00, decorreu mais uma sessão do Clube de Leitura para a abordagem e discussão da obra "Hard Land - Duros Anos", de Benedict Wells.

Trata-se de uma obra vencedora do Prémio de Literatura Jovem. Um outro romance do autor "O fim da solidão", já tinha sido distinguido em 2019, com o  Prémio de Literatura da União Europeia.

"Hard Land" tem sido bem acolhida pelo público e pela crítica e rapidamente, segundo o The Guardian tornou-se "num jovem fenómeno literário alemão".

A obra é estruturalmente simples, bem escrita, com linguagem acessível, de grande diversidade temática, fazendo bastantes referências cinematográficas, literárias, musicais e culturais, num emocionante tributo aos anos 80, no longínquo Missouri (EUA).

"Hard Land" é uma extraordinária e apaixonante reflexão sobre a vida, a perda, a fragilidade humana, a amizade e o amor na perspectiva de Sam, um jovem adolescente de 15 anos, solitário, sofrendo de alguma confusão mental, na demanda do seu caminho.

Nascido em 1984, natural de Munique, neto de um nazi, o autor, recusou usar o apelido de família Von Schirach adotando Wells, transporta para esta obra muito da sua vida pessoal, as angústias, as agruras da vida entre a infância e a adolescência, remetendo-nos muitas vezes para as nossas próprias memórias dessa fase.

É, enfim, um romance de superação, recomendado a todos, especialmente aos jovens, podendo ser até uma fonte de inspiração para melhor enfrentar os duros anos da adolescência, porque apesar de tudo "A primavera da vida é bonita de viver".






terça-feira, 1 de agosto de 2023

CLUBE DE LEITURA DE SETEMBRO 2023

Com uma periodicidade mensal (à exceção de agosto), o Clube de Leitura destina-se a promover o prazer da leitura partilhada. 

As reuniões decorrem à volta de um livro previamente escolhido e lido por todos, proporcionando a convivência e a discussão entre quem gosta de ler e explorar os livros lidos, tornando a experiência da leitura ainda mais estimulante. Pontualmente poderá ter um escritor/dinamizador convidado.

O Clube de Leitura reunirá a 28 de setembro, pelas 21h00.

O livro selecionado será "Hard land : duros anos",  de Benedict Wells.


Sinopse: Para fugir aos problemas em casa, Sam, de quinze anos de idade, arranja um trabalho de férias num velho cinema. O seu objetivo é apenas ocupar as longas horas do verão abrasador e entediante. Porém, o trabalho aparentemente desinteressante abre uma porta para um novo mundo. O cinema decadente e os jovens que lá trabalham vão transformar esse verão em algo mágico e memorável, incentivando Sam a sair da sua zona de conforto. Com os novos amigos, conhece os segredos da cidade e, mais surpreendentemente, descobre o amor. Pela primeira vez, não se sente só. Pertence verdadeiramente ao mundo.

Esta é a história de Sam e do verão que ele nunca irá esquecer. Mas em cada recanto idílico da memória, em cada época dourada do passado, há sempre uma mancha que nos lembra que não foi tudo perfeito. Há sempre algo nosso que fica irremediavelmente para trás.

Hard Land - Duros Anos transporta-nos para os lugares mágicos - físicos e emocionais - que marcam a nossa vida e se inscrevem indelevelmente nas nossas histórias pessoais. Um emocionante tributo aos anos 80 e a filmes como Stand By Me e The Breakfast Club.

 

Quem é Benedict Wells?

Benedict Wells nasceu em 1984 em Munique, e aos seis anos frequentava já o seu primeiro – de três – colégios internos. Foi em 2003, ao mudar-se para Berlim, que decidiu dedicar-se à escrita, enquanto se ia sustentando com empregos diversos. O seu romance de estreia, Becks letzter Sommer, não tardou a ser premiado e adaptado ao cinema. A consagração definitiva chegou mais tarde com O Fim da Solidão, que demorou sete anos a escrever e é inspirado em factos da vida do autor. O Fim da Solidão é o seu quarto romance, e venceu o Prémio de Literatura da União Europeia. Até ao momento, foi traduzido para 30 línguas. Nas palavras do autor, que considera esta obra uma catarse, "Este foi o livro que eu tive de escrever. Os próximos são os livros que eu quero escrever. Agora sinto-te totalmente livre". Atualmente, após uma temporada em Barcelona, o autor divide o seu tempo entre Berlim e a Baviera.