sexta-feira, 27 de maio de 2022

CLUBE DE LEITURA JUNHO

Com uma periodicidade mensal (à exceção de agosto), o Clube de Leitura destina-se a promover o prazer da leitura partilhada. 

As reuniões decorrem à volta de um livro previamente escolhido e lido por todos, proporcionando a convivência e a discussão entre quem gosta de ler e explorar os livros lidos, tornando a experiência da leitura ainda mais estimulante. Pontualmente poderá ter um escritor/dinamizador convidado.

O Clube de Leitura reunirá a 30 de junho  pelas 21h00.

"O coração é um caçador solitário" é da autoria de Carson McCullers


Sinopse: O Coração É Um Caçador Solitário foi o primeiro livro escrito por Carson McCullers, quando tinha 23 anos. Depressa se tornou uma referência na literatura do século xx.


No sul dos Estados Unidos, numa vila da Georgia nos anos 30, num cenário desolado de intolerância racial e isolamento, John Singer, um surdo-mudo, torna-se de súbito confidente de um grupo de personagens marginais quando o seu único amigo, também surdo-mudo, é institucionalizado e a sua rotina se altera. Mick Kelly é uma adolescente, apaixonada pela música, sonha compor sinfonias e é filha dos proprietários da pensão onde Singer vive; Jake Blount é um agitador socialista que passa os dias alcoolizado; Biff Brannon é o desiludido proprietário de um pequeno café com desejos sexuais ambíguos; e Benedict Copeland é um médico negro que luta, em vão, pela igualdade racial. Todos sentem que não encaixam nos papéis que a sociedade lhes reservou, todos procuram à sua maneira preencher o vazio deixado pelos sonhos perdidos — e todos, por algum motivo, acham que Singer os compreende. Mas o impassível Singer procura apenas em cada visita arrancar o seu amigo à indiferença…

 

Quem é Carson McCullers?

Nasceu na Georgia em 1917 e começou a escrever desde muito cedo. Com apenas 23 anos publicou O Coração É Um Caçador Solitário (1940), um livro muito bem recebido pelo público e pela crítica, que foi adaptado ao cinema e ao teatro e recentemente eleito um dos 100 melhores romances do século XX. No ano seguinte, saiu Reflexos Num Olho Dourado, que viria a ser imortalizado pelo filme com o mesmo título, realizado por John Huston e protagonizado por Marlon Brando e Elizabeth Taylor. Ambos os romances encontram-se publicados pela Presença nesta coleção. A extensa bibliografia da autora inclui ainda outros títulos que ficaram célebres, como The Member of the Wedding (1946) e A Balada do Café Triste (1951).
Carson McCullers morreu em Nova Iorque em 1967.


CRÍTICAS DE IMPRENSA

«Um livro notável… A escrita de McCullers é apaixonante.»
The New York Times

Um dos 100 melhores livros do século xx segundo a Time Magazine.

«… a obra de Carson McCullers não se eclipsará com o tempo, antes irradiará cada vez com maior fulgor.»
Tennessee Williams

 

 Leituras de Graça Serra:

página 211 

A sua voz estava sempre rouca. O pai dizia que era por ela ter gritado tanto em bebé. Quando Mick tinha a idade de Ralph, o pai levantava-se a meio da noite e tinha de andar com ela ao colo, de um lado para o outro. Segundo ele, a única coisa que a acalmava era vê-lo a remexer na lareira com o atiçador, enquanto cantava "Dixie".  

Esta canção, "Dixie", já tinha aparecido referida no livro "Lá onde o vento chora", analisado no clube em junho de 2021 e já na altura se falou dela. 

Dixie: também conhecida como "I wish I was in Dixie" ou "Dixie's Land", é uma música muito popular nos Estados Unidos. Dixie é uma região composta por vários Estados do Sul. A canção foi criada em 1858 (tem 164 anos) e rapidamente se tornou famosa. 

Dixie é uma região composta por vários Estados do Sul. Durante a Guerra Civil Americana foi adotada como Hino Nacional dos Estados Confederados da América (a Confederação foi formada em 1861, por 7 Estados do Sul). Mas o sentimento seccional ligado a "Dixie" foi há muito esquecido e hoje é ouvida em todos os lugares: Norte, Sul, Leste e Oeste.  

Faz parte da trilha sonora de muitos filmes americanos e foi interpretada por inúmeros cantores.​ 

Bob Dylan também gravou uma versão da música para o filme "Masked and Anonymous" de 2003.   

https://www.youtube.com/watch?v=rFp2prFwT8g 

 

 



CLUBE DE LEITURA MAIO

A sessão do Clube de Leitura decorreu ontem, dia 26 de maio, pelas 21h00 para a abordagem e discussão da novela gráfica "Balada para Sophie" da autoria de Filipe Melo, pianista, realizador de cinema e autor de banda desenhada português e do argentino Juan Cavia, nascido em 1984, designer de produção, diretor de arte e ilustrador.

"Balada de Sophie" é uma deslumbrante novela gráfica de uma das duplas mais consagradas da Banda Desenhada em Portugal, que neste momento está a nomeado para os prestigiados Prémios Eisner, considerados os mais importantes prémios da indústria da banda desenhada nos EUA, Melhor Álbum de Banda Desenhada, Melhor Edição Americana de um Livro Estrangeiro, Melhor Escritor, (Filipe Melo) e Melhor Ilustrador / Artista Multimédia (Juan Cavia).

A vida de Julien Dubois, pianista de sucesso, confunde-se com a história da Europa do século XX. Desencantado e misantropo, vive a reforma numa velha mansão, com um gato e uma governanta por companhia.

Um dia, é visitado por uma jovem jornalista que o incita a contar a sua verdadeira história. Nas paredes da casa, saturadas de fumo de cigarro e de velhas memórias, ressoa a confissão de uma vida feita de rivalidade, desamor e arrependimento.

Durante a sessão do Clube não foram poupados elogios. Escutaram-se expressões tais como "ilustração excelente, expressiva, harmoniosa cheia de vida, com uma paleta cromática diversa, obra soberba, belíssima",  também com uma história muito interessante, triste e feliz ao mesmo tempo e com um final surpreendente.

Estaremos certamente perante uma verdadeira obra de arte com excelentes ilustrações, que nos remete para um ambiente em que as personagens principais pertencem ao mundo da música e que até é possível escutar a Balada, que na realidade foi composta pelo Filipe Melo.

Aqui vai o link da "Balada para Sophie" em versões diferentes para desfrute de todos:

  • O pianista Filipe Melo toca o tema:

https://www.youtube.com/watch?v=fGv6aBlUN2o

  • segunda é uma adaptação para guitarra e interpretação por Roberto Batista.  

Boas leituras com música por dentro!









terça-feira, 10 de maio de 2022

CLUBE DE LEITURA DE MAIO

Com uma periodicidade mensal (à exceção de agosto), o Clube de Leitura destina-se a promover o prazer da leitura partilhada. 

As reuniões decorrem à volta de um livro previamente escolhido e lido por todos, proporcionando a convivência e a discussão entre quem gosta de ler e explorar os livros lidos, tornando a experiência da leitura ainda mais estimulante. Pontualmente poderá ter um escritor/dinamizador convidado.

O Clube de Leitura reunirá a 26 de maio  pelas 21h00.

"A balada para Sophie" é da autoria de Filipe Melo (pianistarealizador de cinema e autor de banda desenhada português e Juan Cavia, Buenos Aires, 14 de janeiro de 1984), designer de produção, diretor de arte e ilustrador argentino).

Sinopse: A vida de Julien Dubois, pianista de sucesso, confunde-se com a história da Europa do século XX. Desencantado e misantropo, vive a reforma numa velha mansão, com um gato e uma governanta por companhia.

Um dia, é visitado por uma jovem jornalista que o incita a contar a sua verdadeira história. Nas paredes da casa, saturadas de fumo de cigarro e de velhas memórias, ressoa a confissão de uma vida feita de rivalidade, desamor e arrependimento.

Balada para Sophie é uma deslumbrante novela gráfica de uma das duplas mais consagradas da Banda Desenhada em Portugal.

Quem são os autores?

Filipe Melo é músico, realizador de cinema e autor de banda desenhada. Desenvolveu desde cedo uma paixão pelo piano e pela improvisação. Estudou no Hot Clube de Portugal e, mais tarde, no Berklee College of Music, em Boston. Depois de muitos anos como pianista, tornou-se também compositor e orquestrador. Atualmente, ensina na Escola Superior de Música, em Lisboa. Na área do cinema, foi o criador de vários projetos de culto: I’ll See You in My Dreams, curta-metragem vencedora do Fantasporto, Um Mundo Catita e Sleepwalk, curta vencedora do Prémio Sophia da Academia Portuguesa de Cinema. Nos EUA, escreve para a lendária antologia Dark Horse Presents, ao lado de nomes como Frank Miller e Mike Mignola. Em 2019, recebeu o troféu de honra do festival Amadora BD. Colabora com Juan Cavia há mais de uma década, e a dupla tem já vários livros publicados, em Portugal e no estrangeiro.

 

Juan Cavia trabalha como diretor de arte e ilustrador desde 2004. Estudou cinema e, em paralelo, desenvolveu conhecimentos de ilustração e pintura, disciplinas que treinou desde tenra idade com o seu mentor, o ilustrador argentino Carlos Pedrazzini. Aos 21 anos iniciou uma carreira como diretor de arte. Desde então, fez publicidade, TV, videoclipes, teatro e nove longas-metragens, entre as quais se destaca O Segredo dos Seus Olhos, de J. Campanella (vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 2010). Colabora com Filipe Melo há mais de uma década, e a dupla tem já vários livros publicados, em Portugal e no estrangeiro

 

 

CRÍTICAS DE IMPRENSA

« Vindos da música e do cinema, Filipe Melo e Juan Cavia acabaram com a ideia de que a BD é um negócio arriscado em Portugal. Balada para Sophie tem o fôlego de um romance e música lá dentro.»

Sara Figueiredo Costa – Expresso


«Balada para Sophie é a mais ambiciosa e bela criação da dupla composta pelo argumentista português e o desenhador argentino. A história de um pianista que luta contra o pior dos vilões: ele próprio.»

Gonçalo Frota – Público


« A novela gráfica de Filipe Melo e Juan Cavia é uma história de redenção e de amor pela música.»

Hugo Torres - Time Out

  •  MAGNÍFICO

Cátia Marques

Há obras que quando as começamos temos a sensação que se vão tornar um dos livros da nossa vida. Esta é uma delas, para mim. Um famoso pianista, já reformado, vive numa velha mansão com uma governanta e um gato. Certo dia uma jovem bate à porta para o entrevistar e saber a verdadeira história de Julien Dubois. Julien recorda a sua infância, os primeiros concursos, a sua eterna rivalidade com François Samson, a sua vida no período de ocupação Nazi, o seu percurso enquanto Eric Bonjour, os amores perdidos, as lutas contra a droga e por fim a sua condição actual. Julien poderia ser tantos artistas, acorrentados para fazerem dinheiro mesmo quando já só procuram paz. Uma nota especial para uma personagem, o Piolho, que vou guardar no coração como alguém que acredita e se orgulha mesmo após muitas adversidades. É uma obra que nos deixa com a alma lavada, nos quebra o coração e o refaz aos poucos. Recomendo muito a audição da música após a leitura ou mesmo nas últimas páginas. Como o piano, também nos faz levitar.

  • MELHOR LIVRO DE BANDA DESENHADA

CG

A balada para Sophie é um excelente livro de banda desenhada com uma história envolvente e comovente, com belíssimos desenhos. Tornou-se no meu livro de banda desenhada favorito. Recomendo a leitura e parabéns aos autores!

 

Balada para Sophie - Bing video

Filipe Melo toca 'Balada para Sophie' - Bing video

Balada para Sophie - Bing video

 

 Notas de Graça Serra:

1. Balada para Sophie - Entrevista de 21 de setembro de 2020

https://www.fnac.pt/Filipe-Melo-e-Juan-Cavia-em-entrevista-sobre-o-novo-livro-Balada-para-Sophie/cp2116/w-4


2. Filipe Melo disse numa entrevista que a ideia do livro lhe veio quando viu a capa do disco "Le Poète du Piano", de Samson François, mão no queixo e olhar no infinito. Samson François foi um conhecido pianista francês(1924-1970), que morreu com apenas 46 anos, de um ataque cardíaco.

Encontrei a dita capa, que Filipe Melo diz ser "horrível" (em anexo). 

Samson François ficou conhecido sobretudo pelas suas interpretações de Chopin, mas também de Schumann, Ravel, Debussy e Prokofiev.

Foi neste pianista que Filipe Melo se inspirou para o seu François Samson. 

3. Para quem não sabe ler partituras, aqui fica a "Ballade pour Sophie", com que o livro termina. 

Em duas versões.

A primeira interpretada pelo próprio Filipe ​Melo, ao piano.



 
A segunda é uma adaptação para guitarra e interpretação por Roberto Batista.  

De qual gostaram mais? 

4. pág. 98

Julien Dubois toca e canta ao piano 

"Ah les fraises et les framboises
les vins qu´nous avons bus
et les belles villageoises 
nous ne les verrons plus"

Este é o refrão de uma velha canção popular francesa que conheceu várias interpretações. 

Em 1927 foi interpretada por uma cantora chamada Parisys.

Mas a versão mais conhecida é a do grupo "Les Charlots" de 1972. 

É uma canção com uma letra maliciosa (ver as alusões ao ninho e ao canário), que se canta normalmente em festas populares, daí Julien dizer 

"E, à custa da minha dignidade, consegui dinheiro para as partituras" (p. 98) 




Ha ! Les Fraises et les Framboises (Ah ! Les Fraises et les Framboises)
Canção
 

Letras
… Sur la route de Montmartre
De Montmartre à Paris
J'ai rencontré trois filles
Trois filles de mon pays
… Ah, les fraises et les framboises!
Les vins qu'nous avons bus
Et les belles villageoises
Nous ne les verrons plus (hou!)
… J'ai rencontré trois filles
Trois filles de mon pays
J'embrassai la plus jeune
Et la plus belle aussi
… Ah, les fraises et les framboises!
Les vins qu'nous avons bus
Et les belles villageoises
Nous ne les verrons plus (hou!)
… L'emmenai dans ma chambrette
Pour parler du pays
Elle me dit soyez sage
Et près de moi s'assit
… Ah, les fraises et les framboises!
Les vins qu'nous avons bus
Et les belles villageoises
Nous ne les verrons plus (hou!)
… Elle me dit soyez sage
Et près de moi s'assit
Comme il n'y avait pas d'chaise
Elle s'assit sur mon lit
… Ah, les fraises et les framboises!
Les vins qu'nous avons bus
Et les belles villageoises
Nous ne les verrons plus (hou!)
… Comme il n'y avait pas d'chaise
Elle s'assit sur mon lit
J'entrouvris sa ch'misette
Et vis un joli nid
… Ah, les fraises et les framboises!
Les vins qu'nous avons bus
Et les belles villageoises
Nous ne les verrons plus (hou!)
… J'entrouvris sa ch'misette
Et vis un joli nid
Puis je lui dis regardes
Mon joli canari
… Ah, les fraises et les framboises!
Les vins qu'nous avons bus
Et les belles villageoises
Nous ne les verrons plus (hou!)
… Puis je lui dis "Regarde
Mon joli canari"
Elle caressa l'oisille
Et voilà qu'il grandit
… Ah, les fraises et les framboises!
Les vins qu'nous avons bus
Et les belles villageoises
Nous ne les verrons plus (hou!)
… Elle caressa l'oisille
Et voilà qu'il grandit
Et puis battant des ailes
Il entra dans le nid
… Ah, les fraises et les framboises!
Les vins qu'nous avons bus
Et les belles villageoises
Nous ne les verrons plus (hou!)
… Et puis battant des ailes
Il entra dans le nid
Il y entra si fort
Que le cou s'y rompit
… Ah, les fraises et les framboises!
Les vins qu'nous avons bus
Et les belles villageoises
Nous ne les verrons plus (hou!)
… Il y entra si fort
Que le cou s'y rompit
Pleurez, pleurez mesdames
La mort du canari
… Ah, les fraises et les framboises!
Les vins qu'nous avons bus
Et les belles villageoises
Nous ne les verrons plus (hou!)
… Ne pleurez plus mesdames
La mort du canari
Car la fillette adroite
Le rendit à la vie
… Ah, les fraises et les framboises!
Les vins qu'nous avons bus
Et les belles villageoises
Nous ne les verrons plus (hou!)
… Ah, les fraises et les framboises!
Les vins qu'nous avons bus
Et les belles villageoises
Nous ne les verrons plus (hou!)
… Ah, les fraises et les framboises!
Les vins qu'nous avons bus
Et les belles villageoises
Nous ne les verrons plus (hou!)
… Ah, les fraises et les framboises!

5. p.129

Julien chega a casa da mãe e ouve na rádio as palavras "Paris! Paris ultrajada! Paris arrasada! Paris martirizada! Mas Paris libertada!" (Paris! Paris outragé! Paris brisé! Paris martyrisé! Mais Paris libéré!")

Estas 10 palavras são parte do discurso que Charles de Gaulle proferiu no "Hôtel de Ville" de Paris no dia 25 de agosto de 1944, dia em que Paris foi libertada. Foi um dos seus discursos mais fortes, no seu regresso a França, depois de 4 anos de ausência.





segunda-feira, 2 de maio de 2022

CLUBE DE LEITURA DE ABRIL

Na passada 5ª feira, dia 29, pelas 21 horas decorreu a sessão do Clube de Leitura de abril, com a animada presença de grande parte dos seus elementos.

A obra em análise e discussão foi "Trilogia", a mais recente publicação do norueguês Jon Fosse, nascido em 1959, um dos "dramaturgos europeus vivos mais representados nos palcos de todo o mundo".

Em oposição à sua escrita para teatro, a obra em prosa é referida como "prosa lenta", demorada, com constantes movimentos de avanço e recuo, com repetições, transportando o leitor para um estado quase hipnótico, a pairar entre o silêncio e a palavra. 

A nível estilístico assemelha-se a Saramago por não utilizar quase pontuação, o que faz fluir melhor o pensamento aproximando-se assim da linguagem oral.

Esta obra é um hino ao amor, as personagem são de uma pureza surpreendente, há uma estranha convivência entre vivos e mortos, uma imensa melancolia num ambiente em que está sempre presente a costa marítima, os fiordes, uma natureza agreste e fria mas simultaneamente bela e mística.

Composta por três novelas — Vigília (2007), Os Sonhos de Olav (2012) e Fadiga (2014) —, escritas numa linguagem simples e inspiradora e que se fundem numa única história, Trilogia é uma parábola de inspiração bíblica sobre o amor, o crime, o castigo e a redenção, que valeu a Jon Fosse, um dos escritores mais celebrados da nossa contemporaneidade, o Prémio Literário do Conselho Nórdico. Autor multipremiado, com destaque para o Prémio Internacional Ibsen, o Prémio Europeu de Literatura e o Prémio de Literatura do Conselho Nórdico.

Jon Fosse vive desde 2011 na "Grotten", uma residência honorária propriedade do Estado Norueguês e localizada nas instalações do Palácio Real no centro de Oslo. É um edifício do século XIX e está situado sobre uma gruta. ​ 

O uso da Grotten como residência permanente é uma honra especialmente concedida desde 1920 pelo Rei da Noruega a artistas, pelas suas contribuições para as artes e cultura norueguesas.