terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Ainda a propósito da visita-surpresa de Pedro Guilherme-Moreira


E se …em novembro com Pedro Guilherme-Moreira

E se a sessão de novembro do Clube de Leitura fosse semelhantemente diferente dos encontros anteriores?
E se a estilística, que enforma o texto literário, fizesse questão de se explicar, presentificando-se?
E se a antítese e o paradoxo exigissem que o Livro sem Ninguém trouxesse alguém? 
E se as metonímias fossem capazes de nos fazer visualizar personagens inexistentes?
E se as sinestesias e o cromatismo das casas nos devolvessem o enredo metafórico da cidade e dos seus tipos sociais?
E se a antonomásia nos permitisse viajar à infância que trazemos já-já-aqui no bolso recuperando-a, no logo-logo-ali das angústias do quotidiano?
E se a imagética deste livro fizesse nascer um diálogo com o desenho?
E se o “se” deixasse de ser plural, em anáfora, e desse lugar ao “efetivamente”?

Então… estaríamos a explicar o que aconteceu quando decidimos falar do Livro sem Ninguém… Estaríamos a contar como o seu autor, Pedro Guilherme-Moreira, vindo da chuva, do vento e duma bicicleta que suplantou um automóvel, nos trouxe a simpatia das palavras comunicativas que viajaram por livros e pessoas… e contornaram a Ignorância, revelando o poeta que polariza o dizer poético da atualidade.

Cristina Marques

1 comentário:

  1. Sem quaisquer "ses" um retrato excelente de um serão que adivinho ter sido fantástico.
    Saudades! Carla Flores

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