Com uma periodicidade mensal (à exceção de agosto), o Clube de Leitura destina-se a promover o prazer da leitura partilhada.
As reuniões decorrem à volta de um livro previamente escolhido e lido por todos, proporcionando a convivência e a discussão entre quem gosta de ler e explorar os livros lidos, tornando a experiência da leitura ainda mais estimulante. Pontualmente poderá ter um escritor/dinamizador convidado.
O Clube de Leitura reunirá a 25 de novembro, pelas 21h00, para a abordagem da obra "A sala magenta" de Mário de Carvalho.
Sinopse: Paixão, luxúria e erotismo. Raiva, crueldade e regelo. Dois tempos. O presente, numa casa na floresta, perto da Lagoa Moura, onde pena Gustavo Miguel Dias, um cineasta em fim de carreira, lambendo as suas feridas e rememorando tempos gloriosos. O passado, impante na capital. As festas. O álcool. Os quartos de hotel. O rol interminável de mulheres e amantes. E aquela sala magenta, duma tal Maria Alfreda, antecâmara da felicidade, conchego alcatifado, jogo perverso entre o desdém, o apaziguamento e a ameaça.
Quem é Mário de Carvalho?
Nasceu em Lisboa em 1944. Licenciou-se
em Direito e viu o serviço militar interrompido pela prisão. Desde muito cedo
ligado aos meios da resistência contra o salazarismo, foi condenado a dois anos
de cadeia, tendo de se exilar após cumprir a maior parte da pena. Depois da
Revolução dos Cravos, em que se envolveu intensamente, exerceu advocacia em
Lisboa. O seu primeiro livro, Contos da Sétima Esfera, causou
surpresa pelo inesperado da abordagem ficcional e pela peculiar atmosfera,
entre o maravilhoso e o fantástico.
Desde então, tem praticado diversos géneros literários
– Romance, Novela, Conto, Ensaio, Crónica e Teatro –, percorrendo várias épocas
e ambientes, sempre em edições sucessivas. Utiliza uma multiforme mudança de
registos, que tanto pode moldar uma narrativa histórica como um romance de
atualidade; um tema dolente e sombrio como uma sátira viva e certeira; uma
escrita cadenciada e medida como a pulsão de uma prosa endiabrada e
surpreendente.
Nas diversas modalidades de Romance, Conto, Crónica e Teatro, foram atribuídos
a Mário de Carvalho os prémios literários mais prestigiados (designadamente os
Grandes Prémios de Romance e Novela, Conto e Teatro da APE, o prémio do Pen
Clube Português e o prémio internacional Pégaso de Literatura). Em 2020, foi
distinguido com o Grande Prémio da Crónica e Dispersos Literários, da APE, pela
obra O que Eu Ouvi na Barrica das Maçãs. Os seus livros
encontram-se traduzidos em várias línguas.
Obras como Os Alferes, A Inaudita Guerra da Avenida Gago
Coutinho, Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde, O
Varandim seguido de Ocaso em Carvangel, A Liberdade de Pátio ou
Epítome de Pecados e Tentações são a comprovação dessa extrema
versatilidade.
Joel Neto, Diário de Notícias
Não aconselhável a quem não gosta da língua portuguesa.
Uma escrita inteligente que nos apraz ler. Uma história de vida que não é de modo nenhum impossível nem excecional. Em certos aspetos absolutamente banal , real e atual, com todas as inseguranças , os arrependimentos , as agonias a que os seres humanos estão sujeitos ao longo da vida. Gostei de ler, mas não será uma leitura inesquecível.
Um dos livros que mais gostei do Mário de Carvalho, a seguir a "Um Deus passeando pela brisa da tarde". Vale a pena ler!
Excertos:
Ferrucio Furlanetto interpreta a Leporello. El aria Madamina, il catalogo è questo de la Opera Don Giovanni de Wolfgang Amadeus Mozart, en The Metropolitan O... |
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