terça-feira, 30 de maio de 2023

CLUBE DE LEITURA - JUNHO 2023

Com uma periodicidade mensal (à exceção de agosto), o Clube de Leitura destina-se a promover o prazer da leitura partilhada. 

As reuniões decorrem à volta de um livro previamente escolhido e lido por todos, proporcionando a convivência e a discussão entre quem gosta de ler e explorar os livros lidos, tornando a experiência da leitura ainda mais estimulante. Pontualmente poderá ter um escritor/dinamizador convidado.

O Clube de Leitura reunirá a 29 de junho,  pelas 21h00.

O livro selecionado será "Arquibaldo",  de Carlos Tê.


Sinopse: Francisco Frade trabalha como assistente social em bairros difíceis, na periferia do Porto, geografia incerta, que o Estado Providência tenta mitigar. Rodeado de pessoas com quem trabalha e de mulheres com quem fugazmente se relaciona, vemos abrir-se aquilo que o próprio designa buraco da realidade que, pouco a pouco, o vai consumindo. Enquanto o seu alter ego Arquibaldo – super-herói da infância – se mantém à espreita, os fantasmas que o perseguem não lhe dão descanso. Acossado, faz uma peregrinação interior que o levará às suas raízes, em busca das respostas que lhe faltam.
Capaz de encontrar o geral no particular, Carlos Tê divaga por uma sociedade apressada, sem memória, num livro que é um poderoso testemunho sobre a necessidade de lembrar, sobre as razões de viver, amar e ter compaixão.

Quem é Carlos Tê?


Carlos Alberto Gomes Monteiro (Cedofeita, Porto; 14 de junho, de 1955) é um letrista e escritor português. Licenciou-se em Filosofia na Universidade do Porto e tornou-se notado com a edição do álbum Ar de Rock, de Rui Veloso, para o qual deu a sua contribuição como letrista. Participou também em discos dos Jafumega, Clã, Cabeças no Ar, Canto Nono com José Mário Branco, Jorge Palma, e Estrada Branca, de Mônica Salmaso e José Pedro Gil. Colaborou, entre 1978 e 1981, em revistas de poesia (Avatar, Quebra-Noz Pé-de-Cabra) e, mais tarde, entre 1991 e 1994, escreveu para o jornal Público uma série de crónicas que marcaram a sua presença no caderno local do referido jornal. Foi também cronista no jornal Expresso. Ao longo dos anos, tem vindo a publicar diferentes géneros literários – O voo melancólico do melro (romance), Contos supranumerários (contos), Penso sujo Cimo de Vila (poesia) e Três peças em volta de canções e Um monólogo sobre futebol (teatro). Arquibaldo é o seu mais recente romance.


Críticas de imprensa


Depois de um longo intervalo, Carlos Tê regressa ao romance, com Arquibaldo. Com múltiplas personagens a trabalharem para um retrato que chega à vertigem, sem abdicar de valores e da memória que tanta falta nos faz, mesmo quando nos esquecemos disso.
João Gobern, Jornal de Letras
Por todo o romance, nota-se a cultura do autor, e também a busca sociológica das raízes da matéria. O tom épico é assumido tanto nos diálogos como na procura do alter ego Arquibaldo. Os capítulos, todos curtos, são permanentemente pontilhados por um aguçado sentido de humor e uma constante sensação de movimento, tanto geográfico como temático, que, de forma orgânica, liga os pontos que Carlos Tê soube levar para a narrativa.
Ana Bárbara Pedrosa, Observador





Página 92

"Não conduzo, fiquei traumatizado depois de ver A Ultrapassagem do Dino Risi, tinha 13 anos e o filme era recomendado a maiores de 18".






página 114

"Luc, o gato azul de Arcangel, a rainha Vitória tinha um", disse Leo. 







 Granjinha, Mosteiro de S. Pedro das Águias e Praia Fluvial da Granjinha

A Granjinha fica a cerca de 10 km de Tabuaço e 30 km do Pinhão.

Fazendo zoom é possível ver a localização do Mosteiro de S. Pedro das Águias, várias vezes referido (pág. 134) e também da Praia Fluvial da Granjinha, a tal onde Francisco viu o pai banhar-se com Amélia, à noite (pág. 52) 



Página 135

Mais uma vez Francisco fala de um candeeiro Tobia Scarpa que herdou da mãe e para o qual procura um abajur. 

Tobia Scarpa é um arquiteto e designer italiano, tem 88 anos. 








Página 147

Francisco vai ao Alandroal encontrar-se com Conceição e leva-lhe flores, o que o faz lembrar-se de um antigo mote publicitário: "E se de repente um desconhecido lhe oferecer flores..."   

Eu ainda sou do tempo deste anúncio e até posso completar: "...isso é Impulse".

Seguem alguns vídeos para memória dos mais jovens (em Portugal, no Brasil, no Chile)


 






Página 151

"Um académico que desconhece "A Tabacaria" devia ser reeducado num gulag de cultura universal. O engraxador do meu café não só conhece o Esteves pessoano como também o recita", diz Francisco.


Eu cá já fui reler "A Tabacaria", antes que me mandem para o gulag...

E não confundir com o Esteves do Herman...   




página 191

"Não há maior símbolo do séc. XX do que a imagem de Cohn-Bendit em Maio de 1968 sorrindo para a polícia de choque como um pequeno David provocador".

Daniel Cohn-Bendit (Dany le Rouge) foi um dos rostos do Maio de 68. Ficou famosa esta foto em que ele enfrenta a polícia com um sorriso sarcástico.



página 191

"Ah! O Tufo de Courbet!"

Alusão ao famoso quadro de Gustave Courbet "L'Origine du monde", de 1886, que se encontra no Museu d'Orsay, em Paris, desde 1995.


Página 191

"Conhece a história de Pannonica, a baronesa do bebop?"



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