Com uma periodicidade mensal (à
exceção de agosto), o Clube de Leitura destina-se a promover o prazer da
leitura partilhada.
As reuniões decorrem à volta de um
livro previamente escolhido e lido por todos, proporcionando a convivência e a
discussão entre quem gosta de ler e explorar os livros lidos, tornando a
experiência da leitura ainda mais estimulante. Pontualmente poderá ter um
escritor/dinamizador convidado.
O Clube de Leitura reunirá a 28
de novembro, pelas 21h00.
O livro selecionado será "A
máquina de Joseph Walser"de Gonçalo M. Tavares.
Sinopse: No romance A Máquina de Joseph Walser,
pertencente à série O Reino, o protagonista, Joseph Walser,
trabalhador modesto numa fábrica e colecionador obsessivo de pequenas peças
metálicas, vai sobrevivendo à violência da guerra e à vida familiar deprimente,
com uma apatia que, por vezes, de longe, parece uma espécie de sabedoria.
O seu corpo sobrevive às traições, que comete e
que sobre ele são cometidas, e resiste às bombas, mas diante da máquina de
trabalho o seu corpo cede, não resiste. Mas ainda assim sobrevive. Joseph
Walser é um sobrevivente.
Quem é Gonçalo
M. Tavares?
É o autor
de uma vasta obra que está a ser traduzida em mais de sessenta países. A sua
linguagem em rutura com as tradições líricas portuguesas e a subversão dos
géneros literários fazem dele um dos mais inovadores escritores europeus da
atualidade. Recentemente, Le Quartier (O Bairro), de Gonçalo M. Tavares, recebeu o prestigioso Prix Laure-Bataillon 2021, atribuído ao melhor livro traduzido em
França, sucedendo assim à Nobel da Literatura Olga Tokarczuk, que recebeu este
prémio em 2019, e ao escritor catalão Miquel de Palol. Ainda em 2021, O Osso do Meio foi também distinguido no Oceanos, um dos mais
relevantes prémios de língua portuguesa. De entre a sua vasta bibliografia,
vinte e duas das suas obras já foram distinguidas, em diversos países. Foi seis
vezes finalista do prémio Oceanos, tendo sido premiado três vezes. Foi ainda
duas vezes finalista do Prix Médicis e duas vezes finalista do Prix Femina, entre outras distinções de relevo, como o Prix du Meilleur Livre Étranger em 2010. Saramago vaticinou-lhe o Prémio
Nobel. Vasco Graça Moura escreveu que Uma Viagem à Índia dará ainda que falar dentro de cem anos. A The New Yorker afirmou que, tal como em Kafka e Beckett, Gonçalo M.
Tavares mostrava que a «lógica pode servir eficazmente tanto a loucura como a
razão».