segunda-feira, 30 de março de 2015

LEITURA DE ABRIL



Crónica D'El rey pasmado" de Gonzalo Torrente Balester será o livro a ser debatido a 30 de Abril, no Clube de Leitura da Biblioteca.

Trata-se de um livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura, no Plano Nacional de Leitura.




"Tal como acontecera já em Espanha, a Crónica do Rei Pasmado foi um grande êxito em Portugal. Nada mais natural. É que este «scherzo em re(i) maior alegre, mas não demasiado», como o próprio autor lhe chama, é um livro particularmente saboroso, hábil e irónico, narrado com a mestria e a sabedoria de um escritor como Ballester. A partir do pasmo extasiado do rei ao ver pela primeira vez uma mulher nua, e ao querer ver nua também a rainha, toda uma intriga se tece na corte, metendo nobres, inquisidores, uma afamada meretriz, um jesuíta português, a superiora do convento; toda uma tela de uma obra que bem justifica o qualificativo de pitoresca, num divertimento de primeira água."





Gonzalo Torrente Ballester


Escritor espanhol, Gonzalo Torrente Ballester nasceu a 13 de Junho de 1910, numa pequena aldeia da Galiza (Los Corrales de Serantes, em El Ferrol), mas sempre sentiu que tinha nascido na Idade Média de tal modo foi a sua imaginação influenciada pelas lendas rurais. Licenciou-se em Filosofia e Letras na Universidade de Santiago de Compostela e, posteriormente, em Direito e Ciências. Deu aulas em institutos de diversas cidades espanholas, sempre contagiando os alunos com o seu amor pela literatura, nomeadamente por Cervantes e pela figura de D. Quixote. Casou duas vezes. Teve onze filhos, escreveu mais de vinte livros e tinha uma biblioteca com cerca de 12 000 volumes.


Em 1977 ingressou na Real Academia mas foi quando a sua trilogia Los gozos y las sombras (Os Prazeres e as Sombras, publicada entre 1957 e 1962) foi transformada numa série de televisão que ele se tornou reconhecido em toda a Espanha. Em 1991, também Crónica del rey pasmado (Crónica do Rei Pasmado, 1989) viria a ser adaptado ao cinema para o filme realizado por Imanol Uribe.


Numa entrevista cerca de um ano antes de morrer afirmou: "Tive a sorte de ser dos poucos que conseguiram ver as duas faces da lua". Com efeito, a sua obra, irónica e original, sempre soube combinar, por um lado, a luz e a sombra, e, por outro, a racionalidade e a imaginação que o fazia encarar a realidade e o quotidiano como muito mais fantásticos que qualquer ficção.


Veio a falecer no dia 27 de Janeiro de 1999.


Prémios Literários:


Fundação March 1959


Cidade de Barcelona 1973


Príncipe das Astúrias das Letras 1982


Cervantes 1985


Planeta 1988


Azorín 1994


Castilla Y León das Letras 1996




1 comentário:

  1. Li o livro, mas não vou poder estar, pois pensava que a sessão era a 29.

    Como sabem, a obra está esgotada e eu não a tinha. Descobri assim, descoberta que partilho convosco, caso não saibam, que a FNAC on-line tem à venda livros em segunda mão. Comprei este por 5 € (mais portes).

    Boa sessão.

    Já agora... achei que o Ballester pinta a Inquisição com cores muito suaves.

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