domingo, 30 de novembro de 2025

CLUBE DE LEITURA - DEZEMBRO 2025

No próximo dia 17 de dezembro, pelas 20 horas, decorrerá a sessão do Clube de Leitura, com o habitual jantar natalício e literário.

Sobre o tema Natal, serão ditos, lidos, contados, cantados poemas, excertos, pequenos textos, contos, anedotas, etc.

Sim, porque o NATAL é também alegria e boa disposição.






CLUBE DE LEITURA - N0VEMBRO 2025

Na passada quinta-feira, dia 27 de novembro, pelas 21h00, decorreu a sessão mensal do Clube para a abordagem e discussão da obra "Caderno proibido" de Alba de Céspedes (1911-1997, poetisa, novelista, jornalista e antifascista, considerada a voz rebelde da literatura italiana.

Era filha de um embaixador cubano que era favorável ao movimento revolucionário de Fidel Castro e Che Guevarra, neta de um revolucionário cubano de lutou pela independência de Cuba do domínio espanhol. 

Em 1930 como jornalista colaborou com os jornais Piccolo, Epoca e La stampa. Em 1935 publica o seu primeiro romance "L'Anima degli altri". Em1935 foi presa por atividades antifascistas e alguns dos seus romances foram proibidos.

Em 1943 foi presa por assistir a Rádio Partigiana, em Bari, onde participava com a persongem por si criada conhecida por Clorinda. 

Em 1944 fundou a revista Mercurio, uma revista de política, arte, ciência, núcleo intelectual com nomes como Natalia Ginzburg, Elsa Morante ou Alberto Moravia. Em 1995 escreveu o guião para o filme Lhe amiche, do famoso realizador Michelangelo Antonioni.

Em Itália sentia-se uma pouco rejeitada pela crítica, que na época a consideravam uma autora de romances cor de rosa, muda-se para Paris, nos anos 60, para poder acompanhar a evolução cultural da Europa e onde tudo acontecia.

Hoje é considerada uma líder feminista que influenciou através dos seus livros o início do movimentos de emancipação das mulheres. Mas não só. Na sua obra deparamo-nos com um relato social, político, económico e até psicológico das suas personagens e dos problemas existenciais de uma geração que viveu os constrangimentos da Segunda Guerra Mundial e da geração seguinte, mais priviligiada, mas sempre descontente.

Neste Caderno proibido, com espaço temporal de seis meses (26 novembro 1950 a 27 Maio de 1951), a personagem Valeria, através da escrita de um diário, acaba por fazer uma terapia, uma espécie de catarse, de autodescoberta, refletindo profundamente sobre o sentido da sua vida e descobre um grande vazio, a solidão, a opressão das mulheres dos anos 50 e os conflitos geracionais.

A obra está bem escrita, com grande riqueza na construção das personagens e de leitura acessível, estilo belíssimo que veio a influenciar escritoras como Anne Ernaux e Elena Ferrante que a elegem como fonte de inspiração.

Céspedes foi contemporânea de Clarice Lispector e em alguns dos contos de "Laços de família" surgem muito personagens com alguma semelhança com Valeria.
























quarta-feira, 5 de novembro de 2025

CLUBE DE LEITURA - NOVEMBRO 2025

Com uma periodicidade mensal (à exceção de agosto), o Clube de Leitura destina-se a promover o prazer da leitura partilhada. 

As reuniões decorrem à volta de um livro previamente escolhido e lido por todos, proporcionando a convivência e a discussão entre quem gosta de ler e explorar os livros lidos, tornando a experiência da leitura ainda mais estimulante. Pontualmente poderá ter um escritor/dinamizador convidado.

O Clube de Leitura reunirá a 27 de novembro, pelas 21h00.

O livro selecionado será "O caderno proibido" de Alba Céspedes.





Sinopse:

Roma, década de 1950: Valeria Cossati vai comprar cigarros para o marido, ignorando que sairá da tabacaria com um caderno que há de mudar a sua vida. Ao transformar esse caderno num diário secreto onde regista pensamentos e desejos do dia-a-dia, Valeria transforma-o num instrumento de emancipação: liberta-se das convenções sociais, do sentido de dever para com o marido e os filhos, dos limites autoimpostos que regem o seu pequeno mundo. A partir daqui, tudo é questionado. Valeria compreende que está em translação e decide conquistar o lugar que escolheu para si.

Clássico redescoberto, testemunho histórico de uma época, retrato primoroso da turbulência doméstica, O Caderno Proibido condensa a sede de liberdade de toda uma geração e das outras que se lhe seguiriam. Precursora da linhagem literária mais disruptiva da modernidade - de Virginia Woolf a Natalia Ginzburg, de Marguerite Duras a Vivian Gornick -, Alba de Céspedes celebra aqui o poder da escrita e a audácia indómita de uma mulher numa sociedade em ebulição.


Quem é Alba de Céspedes?

Nasceu em Roma, em 1911. Trabalhou como jornalista e publicou o seu primeiro livro, L’anima degli altri (contos), em 1935, ano em que foi presa pela primeira vez, devido a atividades antifascistas. Em 1938, saiu o seu romance de estreia, Nessuno torna indietro, o qual teve enorme repercussão, acabando por ser banido. Em 1944, fundou a Mercurio, uma revista de política, arte e ciência que se transformou num fórum de debate intelectual, com colaborações de Natalia Ginzburg, Elsa Morante ou Alberto Moravia. Os romances Dalla parte di lei (1949) e O caderno proibido (1952) haveriam de consagrar o seu enorme prestígio e popularidade, em Itália e internacionalmente. Seguiram-se ainda La bambolona (1967) e Nel buio della notte (1976). No pós-guerra, Alba de Céspedes dedicou-se sobretudo à escrita para cinema, teatro, rádio e televisão – colaborou, por exemplo, no guião do filme Le Amiche, de Michelangelo Antonioni. Estabeleceu-se então em Paris onde morreu, em 1997.

CLUBE DE LEITURA - OUTUBRO 2025

Na passada quinta-feira, dia 30 de outubro, pelas 21h00, decorreu a sessão mensal do Clube para a abordagem e discussão da obra "Siddhartha" do romancista e poeta alemão Herman Hesse (1877-1961), Prémio Nobel da Literatura em 1946.

A obra escolhida para a comemoração dos 13º aniversário do Clube de Leitura, não poderia ter sido a mais apropriada, porque se trata da história de uma demanda de um jovem, em busca do seu caminho em que o mais importante não é o ponto de chegada, mas o percurso realizado para o alcançar.

Assim, segundo o próprio Herman Hesse, este poema indiano, resultou de uma sua estadia em 1911, durante quatro meses, na Índia, que, se por um lado o teria desiludido, em contrapartida, constituiu uma motivação para o estudo das religiões orientais. É, na verdade, um romance largamente influenciado pelas culturas hindu e chinesa. Na Antiguidade a contribuição científica indiana foi muito importante para a cultura universal, a par com a criação de algumas das maiores religiões do mundo, em especial o budismo, a partir do século V a. C. e o hinduísmo, já no primeiro milénio.

O autor começa por recriar a fase inicial da vida de Buda (563 a.C.), contando-nos a vida de um filho de um Bramane, (sacerdote da mais alta casta da sociedade hindu) que se revolta contra os ensinamentos e tradições do seu pai, até encontrar a iluminação espiritual. A tradução para inglês desta obra nos anos 50 marcou definitivamente a Geração Beat norte americana e influenciou movimentos posteriores, como o movimento hippie e a contracultura dos anos 1960. Os seus ideiais de liberdade, igualdade e busca espiritual ainda inspiram a arte e literatura contemporâneas.

O romance é rico em metáforas e imagens e na sua peregrinação, Siddhartha depara-se com variadas personagens, conhece diversos aspetos da vida, desde o ascetismo, à paixão, ao jogo, ao comércio,  num crescimento interior, até à iluminação final e união com o Absoluto.

Todas as dúvidas existenciais expressas na obra são as mesmas do homem da atualidade, por isso, esta continua a fascinar e inspirar os jovens, que se deparam com temas próximos dos seus interesses, como a busca uma postura na vida de equilíbrio, serenidade, harmonia interior neste mundo, demasiado focado no materialismo e consumismo e nas inovações tecnológicas que, se por um lado nos vêm ajudar em muitas tarefas, nos obrigam cada vez mais a uma reflexão e uma procura do que realmente é importante.

Siddhartha é para ler, reler e refletir. "É talvez a obra mais importante e convincente alegoria moral que o nosso conturbado século passado produziu. Integrando tradições espirituais orientais e ocidentais com psicanálise e filosofia, este simples conto, escrito com uma profunda e comovente empatia pela humanidade, tocou a vida de milhões desde a sua publicação original em 1922." Ralph Freedman

Obrigada pelo 13º aniversário do CL, pelas rosas amarelas, o delicioso bolo e o champanhe.








sábado, 27 de setembro de 2025

CLUBE DE LEITURA - OUTUBRO 2025

Com uma periodicidade mensal (à exceção de agosto), o Clube de Leitura destina-se a promover o prazer da leitura partilhada. 

As reuniões decorrem à volta de um livro previamente escolhido e lido por todos, proporcionando a convivência e a discussão entre quem gosta de ler e explorar os livros lidos, tornando a experiência da leitura ainda mais estimulante. Pontualmente poderá ter um escritor/dinamizador convidado.

O Clube de Leitura reunirá a 30 de outubro, pelas 21h00.

O livro selecionado será "Siddhartha" de Herman Hesse.


Sinopse: 
Siddhartha, filho de um brâmane, nasceu na Índia no século VI a.C. Passa a infância e a juventude isolado das misérias do mundo, gozando uma existência calma e contemplativa. A certa altura, porém, abdica da vida luxuosa, protegida, e parte em peregrinação pelo país, onde a pobreza e o sofrimento eram regra. Na sua longa viagem existencial, Siddhartha experimenta de tudo, usufruindo tanto as maravilhas do sexo, quanto o jejum absoluto. Entre os intensos prazeres e as privações extremas, termina por descobrir «o caminho do meio», libertando-se dos apelos dos sentidos e encontrando a paz interior. Em páginas de rara beleza, Siddhartha descreve sensações e impressões como raramente se consegue. Lê-lo é deixar-se fluir como o rio onde Siddhartha aprende que o importante é saber escutar com perfeição.

Quem é Herman Hesse?



PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 1946

Romancista e poeta alemão, Hermann Hesse nasceu em 1877 na pequena cidade de Calw, na orla da Floresta Negra e no estado de Wüttenberg. Como os pais depositavam esperanças no facto de Hermann Hesse poder vir a seguir a tradição familiar em teologia, enviaram-no para o seminário protestante de Maulbronn, em 1891, mas acabou por ser expulso. Passando a uma escola secular, o jovem Hermann tornou a revelar inadaptação, pelo que abandonou os seus estudos.
Hermann Hesse começou depois a trabalhar, primeiro como aprendiz de relojoeiro, como empregado de balcão numa livraria, como mecânico, e depois como livreiro em Tübingen, onde se teria juntado a uma tertúlia literária, "Le Petit Cénacle", que teria, não só grandemente fomentado a voracidade de leitura em Hesse, como também determinado a sua vocação para a escrita. Assim, em 1899, Hermann Hesse publicou os seus primeiros trabalhos, Romantischer Lieder Eine Stunde Hinter Mitternacht , volumes de poesia de juventude.
Depois da aparição de Peter Camenzind, em 1904, Hesse tornou-se escritor a tempo inteiro. Na obra, refletindo o ideal de Jean-Jacques Rousseau do regresso à Natureza, o protagonista resolve abandonar a grande cidade para viver como São Francisco de Assis. O livro obteve grande aceitação por parte do público.
Em 1911, e durante quatro meses, Hermann Hesse visitou a Índia, que o teria desiludido mas, em contrapartida, constituído uma motivação no estudo das religiões orientais. No ano seguinte, o escritor e a sua família assentaram arraiais na Suíça. Nesse período, não só a sua esposa começou a dar sinais de instabilidade mental, como um dos seus filhos adoeceu gravemente. No romance Rosshalde (1914), o autor explora a questão do casamento ser ou não conveniente para os artistas, fazendo, no fundo, uma introspeção dos seus problemas pessoais.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Hesse demonstrou ser desfavorável ao militarismo e ao nacionalismo que se faziam sentir na altura e, da sua residência na Suíça, procurou defender os interesses e a melhoria das condições dos prisioneiros de guerra, o que lhe valeu ser considerado pelos seus compatriotas como traidor.
Finda a guerra, Hesse publicou o seu primeiro grande romance de sucesso, Demian (1919). A obra, de caráter faustiano, refletia o crescente interesse do escritor pela psicanálise de Carl Jung, e foi louvada por Thomas Mann. Assinada nas primeiras edições com o nome do seu narrador, Emil Sinclair, Hesse acabaria por confessar a sua autoria. Deixando a sua família em 1919, Hermann Hesse mudou-se para o Sul da Suíça, para Montagnola, onde se dedicou à escrita de Siddharta (1922), romance largamente influenciado pelas culturas hindu e chinesa e que, recriando a fase inicial da vida de Buda, nos conta a vida de um filho de um Bramane que se revolta contra os ensinamentos e tradições do seu pai, até poder eventualmente encontrar a iluminação espiritual. A obra, traduzida para a língua inglesa nos anos 50, marcou definitivamente a geração Beat norte-americana.
1919 foi também o ano em que Hesse travou conhecimento com Ruth Wenger, filha da escritora suíça Lisa Wenger e bastante mais nova que o autor. O escritor renunciou à cidadania alemã, em 1923, optando pela suíça. Divorciando-se da sua primeira esposa, Maria Bernoulli, casou com Ruth Wenger em 1924, tendo o casamento durado apenas alguns meses. Dessa experiência teria resultado uma das suas obras mais importantes, Der Steppenwolf (1927). No romance, o protagonista Harry Haller confronta a sua crise de meia-idade com a escolha entre a vida da ação ou da contemplação, numa dualidade que acaba por caracterizar toda a estrutura da obra.
Em 1931 voltou a casar, desta feita com Ninon Doldin, de origem judaica. Com apenas quatorze anos, havia enviado, em 1909, uma carta a Hermann Hesse, e desde então a correspondência entre ambos não mais cessou. Conhecendo-se acidentalmente em 1926, foram viver juntos para a Casa Bodmer, estando Ninon separada do pintor B. F. Doldin, e a existência de Hesse ter-se-à tornado mais serena.
Durante o regime Nacional-Socialista, os livros de Hermann Hesse continuaram a ser publicados, tendo sido protegidos por uma circular secreta de Joseph Goebbels em 1937. Quando escreveu para o jornal pró-regime Frankfürter Zeitung, os refugiados judeus em França acusaram-no de apoiar os Nazis. Embora Hesse nunca se tivesse abertamente oposto ao regime Nacional-Socialista, procurou auxiliar os refugiados políticos. Em 1943 foi finalmente publicada a obra Das Glasperlernspiel, na qual Hesse tinha começado a trabalhar em 1931. Tendo enviado o manuscrito, em 1942, para Berlim, foi-lhe recusada a edição e o autor foi colocado na Lista Negra Nacional-Socialista. Não obstante, a obra valer-lhe-ia o prémio Nobel em 1946.
Após a atribuição do famoso galardão, Hesse não publicou mais nenhuma obra de calibre. Entre 1945 e 1962 escreveria cerca de meia centena de poemas e trinta e dois artigos para os jornais suíços.
A nove de agosto de 1962, Hermann Hesse veio a falecer, aos oitenta e cinco anos, durante o sono, vítima de uma hemorragia cerebral.


CLUBE DE LEITURA - SETEMBRO 2025

Na passada quinta-feira, dia 25 de setembro, pelas 21h00, decorreu a sessão mensal do Clube para a abordagem e discussão da obra "Inquieta", de Susana Amaro Velho, terceiro romance da escritora depois de "As últimas linhas destas mãos" e "Bairro das Cruzes".

Trata-se de um romance psicológico muito intenso. A narrativa não é linear, pormenorizada, com avanços e recuos no tempo. A autora escolhe intervalos de dez anos para podermos acompanhar o percurso psicológico de Julieta, a personagem principal.

A escrita é fácil, corrida, cativante, talvez nas passagens de introspecção se torne mais lenta, revelando muita intimidade emocional, um livro que nos deixa a pensar, a refletir, a respirar mais rápido.

Há de tudo: abandono, paternidade incógnita, paixão doentia, insegurança, violência psicológica, obsessão pela maternidade, perdas, infidelidades, manipulação, fragilidade, mas também amizades puras.

Durante a leitura ficamos divididos entre o que parece ser uma realidade perfeita e um interior perturbado da Julieta (e com razão, já que ela era um "cemitério de memórias"), memórias de eventos passados traumáticos que a moldaram para sempre e dos quais não se consegue libertar nem com ajuda clínica. Essas memórias que a destroem e condicionam o presente e que estão sempre a ressuscitar.

Julieta é uma personagem marcada pela mãe e pelo Gustavo, que a destruiram, deixando-a com feridas abertas.

Podemos questionar se houve mesmo um aborto, um Jaime que seria a razão última para o fim do relacionamento.

Quando parecia que com o Zé, o seu novo amor, tudo se resolveria afinal, as memórias não lhe davam tréguas.

E como de facto o tratamento com as consultas não resultou, temos até ao fim um crescendo de um processo de autodestruição.

A autora usou uma mestria incrível para deixar o leitor completamente supreendido e "agarrado" até ao final, que se pensava horrível mas foi de superação. Fica a sensação de inquietude durante a narrativa e também no Gran Final, no qual nos é desvendado o mistério da doença mental da personagem e nos obriga a criar empatia com todas as Julietas que carregam tantos traumas que por vezes levam à loucura.










domingo, 7 de setembro de 2025

CLUBE DE LEITURA - SETEMBRO 2025

Com uma periodicidade mensal (à exceção de agosto), o Clube de Leitura destina-se a promover o prazer da leitura partilhada. 

As reuniões decorrem à volta de um livro previamente escolhido e lido por todos, proporcionando a convivência e a discussão entre quem gosta de ler e explorar os livros lidos, tornando a experiência da leitura ainda mais estimulante. Pontualmente poderá ter um escritor/dinamizador convidado.

O Clube de Leitura reunirá a 25 de setembro, pelas 21h00.

O livro selecionado será "Inquieta" de Susana Amaro Velho.


Sinopse: Poderá um amor de juventude inquietar uma vida inteira?


Julieta parece ter a vida perfeita. Aos trinta e sete anos tem um marido adorável que cozinha os melhores bolos. O emprego com que sempre sonhou e que a preenche. Uma casa cheia de luz e livros, onde a mesa está enfeitada com camélias. Então, por que motivo está agora sobre o varadim escorregadio de uma ponte, descalça e suja de sangue, prestes a saltar?

Afinal, nem tudo o que parece é. Quando um amor antigo regressa do passado, traumas são ressuscitados e uma proposta impensável desperta em Julieta um fantasma adormecido. Mas que proposta é essa que vem tornar a verdade perturbadora? E o que é a verdade quando a própria realidade a confunde?

Inquieta é um relato cru e intenso dos anseios e traumas de uma mulher. É a história de alguém incapaz de fugir do abismo da própria memória e de se sentir livre.

Quem é Susana Amaro Velho?


Nasceu em Mafra em março de 1986. Estudou Jornalismo e Solicitadoria e trabalha atualmente como 
freelancer na área da comunicação.

Publicou o seu primeiro romance em 2017. Em 2022, foi a primeira autora portuguesa a integrar a chancela Aurora, com Inquieta, onde também viria a reeditar Bairro das Cruzes. Participou no projeto coletivo O Sono Delas e, em 2024, publicou Descansos, distinguido pela revista NiT como Melhor Livro do Ano.
Vive numa aldeia, entre o sossego e o caos feliz de uma casa com três filhos pequenos. As Últimas Linhas Destas Mãos, o seu romance de estreia, é agora reeditado numa edição totalmente revista.