Ontem, pelas 21h00, decorreu mais uma sessão do Clube de Leitura para a abordagem da obra "A quinta dos animais" ou "O triunfo dos porcos" de Eric Arthur Blair, sob pseudónimo de George Orwell (1901-1650), romancista, ensaísta, político e jornalista.
Foi consensual entre todas, que esta obra publicada em 1945, escrita durante a Segunda Guerra Mundial, continua a ser de uma atualidade impressionante, perante os acontecimentos mundiais que nos surgem diariamente, numa escalada desenfreada pela instalação no poder e a tirania.
Orwell relata-nos a história de uma revolução entre os animais de uma quinta e o modo como o idealismo foi traído pelo poder, pela corrupção em pela mentira.
Os personagens da fábula não ultrapassam os limites da quinta que simboliza o regime soviético, enquanto as demais quintas, que representam as democracias capitalistas, a história é de humanos e não de animais, e escapa ao livro.
Trata-se de uma crítica aos regimes totalitários, neste caso
concreto, ao regime soviético, visto que o autor seria trotskista,
divergência que iria marcar a sua conduta e de muitos outros.
Para melhor compreender esta fábula é necessário entender o percurso de vida do escritor nascido na Índia e que com apenas um ano veio para Inglaterra. Nutriu simpatia pela causa anarquista, foi combatente voluntário do lado republicano na Guerra Civil Espanhola, de tendência trostskista, contrário ao totalitarismo soviético e apologista do socialismo democrático.
Está entre os 50 maiores escritores britânicos desde 1945, que com a sua inteligência, perspicácia e um grande sentido de humor continua a ser admirado como visionário também.
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