Ontem, pelas 21 horas, decorreu mais uma sessão do Clube de Leitura da
Biblioteca, desta vez dedicada à obra "Que importa a fúria do mar" de
Ana Margarida de Carvalho.
Trata-se de uma estreia da autora no romance que é garantidamente
envolvente e magnífico, arquitetonicamente planeado, obedecendo aos
cânones das mais recentes teorias literárias, assim como às regras
utilizadas na escrita criativa, plástica e espartilhada.
A obra está plena de citações, de neologismos, na qual sobressai uma
articulação entre várias áreas temáticas, desde o mundo escondido, quase
microscópico, até à fauna humana e aos grandes acontecimentos mundiais
que acabam também por condicionar um pequeno país.
Este romance leva-nos aos anos 30, em Portugal, ao corporativismo, às
prisões políticas, às severas condições a que eram submetidos os presos
políticos, ao Tarrafal, à cueldade física e psicológica, à ruralidade de
um Portugal amordaçado e esmagado pela ditadura de Salazar e sobretudo à
falta de liberdade.
Muito bom! Mergulhemos na sua leitura pois, não importa a fúria do mar.
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