quarta-feira, 28 de março de 2018

CLUBE DE LEITURA - ABRIL

Com uma periodicidade mensal (à exceção de agosto), o Clube de Leitura destina-se a promover o prazer da leitura partilhada. As reuniões decorrem à volta de um livro previamente escolhido e lido por todos, proporcionando a convivência e a discussão entre quem gosta de ler e explorar os livros lidos, tornando a experiência da leitura ainda mais estimulante. Pontualmente poderá ter um escritor/dinamizador convidado.

 Livro indicado: "Lillias Fraser" de Hélia Correia

 Data: 26 abril 2018

Sinopse: A obra mais aclamada de Hélia Correia, até à data, e que recebeu o Prémio de Ficção do Pen Club para romances editados em 2001. É um romance histórico, que decorre entre 1746 e 1762, na Escócia e em Portugal. Lillias é uma menina escocesa, oriunda de um dos clãs destroçados na batalha de Culloden, que os ingleses venceram. Fugindo destes, acabará por ir para Lisboa, onde vive clandestinamente durante alguns anos, de princípio num convento e mais tarde com uma família. Quando se dá o terramoto de Lisboa, Lillias foge para Mafra. Mais tarde irá encontrar-se com o comandante das tropas inglesas em Culloden. O romance está cheio de episódios romanescos e pícaros; as descrições das ruas, das casas, das tropas, dos costumes, dos ambientes, são magníficas.

Quem é Hélia Correia?

Escritora portuguesa contemporânea (1949), licenciou-se em Filologia Românica e é professora de Português do Ensino Secundário. Apesar do seu gosto pela poesia, é como ficcionista que é reconhecida como uma das revelações da novelística portuguesa da geração de 1980, embora os seus contos, novelas ou romances estejam sempre impregnados do discurso poético.
Estreou-se na poesia com O Separar das Águas, em 1981, e O Número dos Vivos, em 1982.
A novela Montedemo, encenada pelo grupo O Bando, dá à autora uma certa notoriedade. Aliás, Hélia Correia revelou, desde cedo, o gosto pelo teatro e pela Grécia clássica, o que a levou a representar em Édipo Rei e a escrever Perdição, levadas à cena, em 1993, pela Comuna. Escreveu também Florbela, em 1991, que viria a ser encenada pelo grupo Maizum.
Destacam-se ainda na sua produção os romances Casa Eterna e Soma e, na poesia, A Pequena Morte/Esse Eterno Conto.
Recebeu em 2002 o prémio PEN 2001, atribuído a obras de ficção, pela sua obra Lillias Fraser.
Venceu o prémio literário Correntes d'Escritas/Casino da Póvoa com o livro de poesia A Terceira Miséria.
Foi galardoada com o Prémio Camões, em 2015.  




"Apaixonei-me mesmo pela Lillias"



"Nos interstícios da ficção : Lillias Fraser e a re-invenção da História" in Actas de Colóquio Internacional de Literatura e História. Porto: 2004, v.1 p. 69-62




Hélia Correia: Lillias Fraser: a importância da 3ª visão



 


Críticas de imprensa

"Dizer que se trata do 'melhor romance do ano' que passou talvez não seja uma forma muito original e interessante de pôr a questão, mas o mais importante é que quem não leu leia agora 'Lillias Fraser', o melhor romance de Hélia Correia."

Pedro Mexia, DNa

"O enredo de 'Lillias Fraser' - de solução feliz - desemboca em arrepio finamente arquitectado. Daria um filme de época; e épico. O guião está neste excelente romance."


Ernesto Rodrigues, Expresso, Cartaz


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