Com uma periodicidade mensal (à exceção
de agosto), o Clube de Leitura destina-se a promover o prazer da leitura
partilhada. As reuniões decorrem à volta de um livro previamente escolhido e
lido por todos, proporcionando a convivência e a discussão entre quem gosta de
ler e explorar os livros lidos, tornando a experiência da leitura ainda mais
estimulante. Pontualmente poderá ter um escritor/dinamizador convidado.
Sinopse: Em apenas 24 horas - aquelas que antecedem o casamento de Glorinha,
menina dos olhos do seu pai (até em demasia) - o autor concentra nesta
narrativa um desfile intenso de todas as obsessões que tanto o
mitificaram como o tornaram maldito: adultério, incesto, moralismo, sexo
e morte. Sabino, o pai, é informado que o seu genro foi apanhado a
beijar outro homem e tem de decidir o que fazer: o problema é que um
casamento não se adia, nem que para isso todas as vidas envolvidas
fiquem viradas do avesso.
O Casamento é o único romance em nome próprio no meio das dezenas de peças de teatro e centenas de crónicas e ficções curtas escritas por Nelson Rodrigues. O livro foi feito por encomenda, concluído em apenas dois meses, e foi confiscado pela ditadura brasileira logo depois de ter sido publicado em 1966 por ser considerado «um atentado contra a organização da família».
O Casamento é o único romance em nome próprio no meio das dezenas de peças de teatro e centenas de crónicas e ficções curtas escritas por Nelson Rodrigues. O livro foi feito por encomenda, concluído em apenas dois meses, e foi confiscado pela ditadura brasileira logo depois de ter sido publicado em 1966 por ser considerado «um atentado contra a organização da família».
Data: 25 outubro, 21h00 às 22h00
Nelson Rodrigues é um mito do século xx brasileiro, e um dos escritores mais prolíferos e aclamados. Nasceu no Recife em 1912, mudando-se em 1916 para o Rio de Janeiro, cidade que seria o cenário privilegiado de toda a sua obra. Começou a trabalhar como jornalista aos 13 anos, logo na secção policial, num jornal fundado pelo pai, e nunca mais parou. Fez da crónica e da escrita um hábito diário e destacou-se em todos os géneros literários, pela qualidade e pela quantidade: escreveu 17 peças de teatro, nove romances e milhares de páginas de contos e crónicas, que mais tarde deram origem a várias edições de textos reunidos, assim como a adaptações para teatro, cinema e televisão. Idolatrado e odiado, politicamente conservador, Nelson Rodrigues tanto apoiou a ditadura militar brasileira como foi, mais tarde, defensor acérrimo das suas vítimas. Reacionário assumido, desencadeou sempre sentimentos fortes, não só devido à sua obra como também à sua vida pública e privada. Morreu no Rio de Janeiro em 1980.
Nelson Rodrigues é um mito do século xx brasileiro, e um dos escritores mais prolíferos e aclamados. Nasceu no Recife em 1912, mudando-se em 1916 para o Rio de Janeiro, cidade que seria o cenário privilegiado de toda a sua obra. Começou a trabalhar como jornalista aos 13 anos, logo na secção policial, num jornal fundado pelo pai, e nunca mais parou. Fez da crónica e da escrita um hábito diário e destacou-se em todos os géneros literários, pela qualidade e pela quantidade: escreveu 17 peças de teatro, nove romances e milhares de páginas de contos e crónicas, que mais tarde deram origem a várias edições de textos reunidos, assim como a adaptações para teatro, cinema e televisão. Idolatrado e odiado, politicamente conservador, Nelson Rodrigues tanto apoiou a ditadura militar brasileira como foi, mais tarde, defensor acérrimo das suas vítimas. Reacionário assumido, desencadeou sempre sentimentos fortes, não só devido à sua obra como também à sua vida pública e privada. Morreu no Rio de Janeiro em 1980.
Nelson Rodrigues casou-se com Elza Bretanha,
sua colega de redação em 1940
sua colega de redação em 1940
Estátua de Nelson Rodrigues
Copacabana - Rio de Janeiro
Copacabana - Rio de Janeiro
Curiosidades sobre o livro, por Graça Serra:
A propósito
de "O casamento" de Nelson Rodrigues: o que é "Mãe-benta"?
Página 28:
"...passa uma das filhas com um prato de mãe-benta".
Fui ver do que se tratava e descobri que é o nome de um bolo típico brasileiro, bastante antigo.
Aqui vai o link com a história do nome e também a receita. Quem sabe a "nossa boleira preferida" (leia-se Ana Paula) não quer experimentar a receita e levar para nós vermos se ficou bem?????????
Tantas vezes o padre Diogo Antônio Feijó, ministro da Justiça de 1831 a
1832 e regente do Império Brasileiro entre 1835 e 1837, era visto na Rua
das Violas, hoje Teófilo Ottoni, no centro do Rio de Janeiro, indo para
a casa do cônego Geraldo Leite Bastos, seu
amigo pessoal, de vida religiosa, correligionários e irmão de
Maçonaria.
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Página 40:
"Outra coisa que o espantava é que Burle Marx não põe bananeiras nas suas paisagens"
Roberto Burle Marx (São Paulo, 4 de agosto de 1909 – Rio de Janeiro, 4
de junho de 1994) foi um artista plástico brasileiro, renomado
internacionalmente ao exercer a profissão de arquiteto paisagista..
Morou grande parte de sua vida no Rio de Janeiro, onde
estão localizados seus principais trabalhos, embora sua obra possa ser
encontrada ao redor de todo o mundo.
Junto algumas dicas que minha irmã , arquiteta e a morar em S. Paulo desde 1980, me mandou:
"Quanto ao Burle Marx, ele ficou famoso por ser grande
companheiro de trabalho do Oscar Niemeyer. Ele era artista plástico, mas
exerceu a função de arquiteto paisagista e desenhou muito em Brasília
acompanhando Niemeyer. Na realidade ele foi um
marco no paisagismo brasileiro, seguido por imensos países, fazendo a
ruptura com o geometrismo e introduzindo as formas orgânicas. Digamos
que acabou com o formato dos célebres jardins franceses!
Depois introduziu plantas exóticas e bem brasileiras
no seus projetos, coisas bem da Amazónia. E fez espaços contemplativos,
recantos, caminhos através da mata nativa. Tem um projeto
em Águas de Lindóia, é muito bonito. Chama-se
Praça Adhemar de Barros,
e como todos os projetos dele, não é uma pracinha, é um espaço muito
grande. Ele foi muito, muito bom e deu uma revolução nos espaços públicos e
nas formas."
Praça Adhemar de Barros, em Águas de Lindóia
"Sabia 'In extremis', de Bilac, todinho."
Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac foi um jornalista e poeta
brasileiro, membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Criou a
cadeira 15, cujo patrono é Gonçalves Dias.
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Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (Rio de Janeiro, 16 de dezembro
de 1865 — 28 de dezembro de 1918) foi um jornalista, contista (vide
Contos Pátrios), cronista e poeta brasileiro do período literário
parnasiano, membro fundador da Academia Brasileira de
Letras.Criou a cadeira 15 da instituição, cujo patrono é Gonçalves
Dias.. Conhecido por sua atenção à literatura infantil e ...
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E nós portugueses também temos um Olavo Bilac (cantor). Que por acaso
deve o seu nome ao poeta brasileiro, como ele contou ao jornal
"Expresso" em 2017. Em baixo, um extrato dessa crónica.
"O poeta esteve em
Lisboa em 1916. Não sabemos se Cristina Lima (avó do cantor) chegou a
falar com Olavo Bilac quando o paquete da companhia holandesa Zeeland
aportou em Cabo Verde em 1916. O príncipe dos
poetas brasileiros – como era então conhecido – embarcou em Lisboa na
primeira semana de abril, depois de ter sido homenageado e aclamado na
capital portuguesa.
Eram longas as viagens
da Europa para a América do Sul, com paragens em vários portos para
entrada e saída de mercadorias e passageiros. É provável que o autor do
Hino à Bandeira [do Brasil] tenha aportado
em Cabo Verde e que Cristina o tenha visto. O neto sabe apenas que ela
batizou o filho com esse nome. E que por sua vez, o cabo-verdiano que
cresceu em Macau e foi funcionário do Banco Nacional Ultramarino em
Moçambique, transmitiu o nome que recebera de Cristina
[sua mãe] ao filho, nascido em 1967 e que viria a ser cantor."
Página 210 :
"O Cristo de S. João da Cruz", de Salvador Dali, é descrito por Vicente,
cabeleireiro de Glorinha: "Um Cristo sem rosto e musculado como um
nadador".
O quadro encontra-se num museu em Glasgow.
Segue também um link com o original de S. João da Cruz que inspirou Dali. Pode ser visto em Ávila, no Convento da Encarnação.
Este quadro é também a obra de arte de eleição de Jorge Sampaio, achei curiosa a coincidência.
Siga-nos nas Redes Socias:Autoria de LuDiasBH Quero que meu Cristo seja o
quadro que contenha mais beleza e alegria do que tudo quanto se tenha
pintado até agora. (…) Agora, a nova época da pintura mística começa
comigo! (Dalí) Salvador Dalí iniciou seu período
místico lendo São João da Cruz, Santa Tereza de Ávila e …
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Síntese de seu legado espiritual, a obra serviu de inspiração para
Salvador Dalí . Milhares de pessoas veem nos escritos de um dos maiores
místicos da história, São João da Cruz, um caminho para o encontro com
Deus.
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«Cristo de S. João da Cruz»: obra de arte de eleição de Jorge Sampaio.
Em entrevista à edição da revista «Artes & Leilões» de Fevereiro
2009, antigo Presidente da República, escolhe sem hesitação o Cristo de
S. João da Cruz como a sua obra de arte de eleição.
Excerto da conversa, por «e-mail», com a jornalista Fátima Vieira.
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