Com uma periodicidade mensal (à exceção de agosto), o Clube de Leitura destina-se a promover o prazer da leitura partilhada.
As reuniões decorrem à volta de um livro previamente escolhido e lido por todos, proporcionando a convivência e a discussão entre quem gosta de ler e explorar os livros lidos, tornando a experiência da leitura ainda mais estimulante. Pontualmente poderá ter um escritor/dinamizador convidado.
O Clube de Leitura reunirá a 30 de setembro de 2021, pelas 21h00, para a abordagem da obra "Bom dia, tristeza" de Françoise Sagan.
Sinopse: O romance BonjourTristesse surpreendeu toda a gente pelo seu apuro formal e a sua solidez narrativa, situando-o na tradição do romance psicológico francês.
O livro fez um sucesso extraordinário, e a autora, cercada de enorme publicidade, transformou-se em uma espécie de porta-voz de uma geração entediada e desiludida de jovens franceses do pós-guerra. O livro, de facto, embora tenha a sua trama situada na Riviera francesa, ecoa o estado de espírito das caves parisienses, onde se praticava o «comportamento existencialista».
O lançamento da edição americana em 1955 ampliou internacionalmente o sucesso do romance, que adquiriu um renome ainda maior ao ser adaptado para o cinema em 1957. Dirigido por Otto Preminger, o elenco do filme era composto por David Niven, Deborah Kerr e Jean Seberg.
Quem foi Françoise Sagan?
Escritora francesa, de seu verdadeiro nome Françoise Quoirez, nasceu a 21 de Junho de 1935, em Cajarc, Lot, e morreu a 24 de Setembro de 2004, em Honfleur, vítima de uma embolia pulmonar. Aos 18 anos, conheceu um sucesso fulgurante com o seu primeiro romance de juventude, Bonjour Tristesse, que, em 1954, se tornaria num escândalo mundial, ao mesmo tempo que vendia milhões de exemplares. O argumento desta obra seria, quatro anos mais tarde, adaptado ao cinema por Otto Preminger, juntando dois grandes nomes do meio artístico: Deborah Kerr e David Niven. Seguiram-se outros sucessos como Un certain sourire (1956), Aimez-vous Brahms? (1959), La Chamade (1965), Le Lit Défait (1979) e La Femme Fardée (1981), e as peças de teatro Château en Suède (1960) e Le Cheval Évanoui (1966), em que explora a psicologia das relações amorosas em certos meios sociais do nosso tempo. Segundo a autora as suas obras falam essencialmente da solidão e da forma de as pessoas se livrarem desse estado.
A sua paixão pela velocidade desmedida e pelo álcool, os sucessivos tratamentos de desintoxicação a que foi submetida e a sua dependência pelo jogo levaram-na praticamente à ruína. A partir de 1990, o seu nome foi, por várias vezes, envolvido em escândalos relacionados com uso e posse de droga e, em 2002, apareceu implicado numa fraude fiscal ligada à companhia petrolífera ELF Aquitaine.
Curiosidades:
La Corniche d'Or, ou Corniche de l'Estérel, a été inaugurée en 1903 sous l'impulsion du Touring Club de France. Cette magnifique route bordée par les eaux turquoises méditerranéennes et les roches rouges du massif de l'Estérel relie Saint-Raphaël à Cannes. 2ª parte, cap.VII "L'après-midi, donc, vers six heures, nous partîmes en voiture. Anne nous emmena dans la sienne. J'aimais sa voiture: c'était une lourde américaine décapotable qui convenait plus à sa publicité qu'à ses goûts. Elle correspondait aux miens, pleine d'ojets brillants, silencieuse et loin du monde, penchant dans les virages (...) Tous les trois devant, les coudes un peu serrés, soumis au même plaisir de la vitesse et du vent, peut-être à une même mort". Já neste primeiro romance é bem visível o gosto de Françoise Sagan pelos automóveis e pela velocidade. É dela a frase "Qui n'a jamais aimé la vitesse, n'a jamais aimé la vie, n'a jamais aimé personne". Durante a sua vida teve vários automóveis, das marcas mais cobiçadas pelos amadores e colecionadores. O 1º comprou-o com o dinheiro da venda do seu primeiro romance, em 1954 e foi um Jaguar XK 120, vermelho. O 2º, em 1956, foi um Gordini 24 S, um verdadeiro carro de corrida, que chegou a correr nas 24 Horas de le Mans. O 3º , em 1957, foi um Aston Martin DB 2/4, ao volante do qual teve um grande acidente na estrada, que a deixou em convalescença mais de 3 meses. O 4º, em 1958, foi um AC Ace Bristol, também vermelho. O 5º, em 1960, um Ferrari 250 GT Spider California, vermelho, claro. O 6º, em 1962, foi um Jaguar Tipo E, cabriolet. O 7º, em 1966, foi um Aston Martin DB 6, vermelho. O 8º, em 1970, um Lotus Seven , o seu carro preferido. Teve-o durante 14 anos, só se separou dele em 1984. O 9º, em 1982, um Mercedes 450 SEL SL castanho. Conduziu este carro mais de 15 anos. Em 2000, o carro é vendido em leilão como a maior parte dos seus bens, para pagar as dívidas ao fisco. O 10º carro em que ela é vista a conduzir, em 1989, é um Citroën AX Sport, mas este carro não era dela, foi-lhe talvez cedido pela marca para efeitos de publicidade. Madame Sagan a conduzir um Citroën nas ruas de Paris era ainda uma referência para muitos. Circula um vídeo de 1989, feito pela BBC, em que o jornalista entrevista a escritora numa viagem por Paris ao volante deste carro, vale a pena assistir. Há ainda uma referência a um episódio ocorrido durante o Maio de 68. Na Place d'Odéon, um manifestante perguntou-lhe "Alors, camarade Sagan, on est venue en Ferrari?". Ao que ela respondeu "Ce n'est pas une Ferrari, camarade, c'est une Maserati". Mas penso que o Maserati não era dela mas sim do irmão. |
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