segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Com uma periodicidade mensal (à exceção de agosto), o Clube de Leitura destina-se a promover o prazer da leitura partilhada. 

As reuniões decorrem à volta de um livro previamente escolhido e lido por todos, proporcionando a convivência e a discussão entre quem gosta de ler e explorar os livros lidos, tornando a experiência da leitura ainda mais estimulante. Pontualmente poderá ter um escritor/dinamizador convidado.

O Clube de Leitura reunirá a 30 janeiro, pelas 21h00.

O livro selecionado será "As primeiras coisas" de Bruno Vieira Amaral.


Sinopse: Quem matou Joãozinho Treme-Treme no terreno perto do depósito da água? O que aconteceu à virginal Vera, desaparecida de casa dos pais a dois meses de completar os dezasseis anos? Quem foi o homem que, a exemplo do velho Abel, encontrou a paz sob o céu pacífico de Port of Spain? Porque é que os habitantes do Bairro Amélia nunca esquecerão o Carnaval de 1989? Quem é que poderá saber o nome das três crianças mortas por asfixia no interior de uma arca? Onde teria chegado Beto com o seu maravilhoso pé esquerdo se não fosse aquela noite aziaga de setembro? Quantos anos irá durar o enguiço de Laura? De que mundo vêm as sombras de Ernesto, fabuloso empregado de mesa, Fernando T., assassinado a 26 de dezembro de 1999, Jaime Lopes, fumador de SG Ventil, Hortênsia, que viveu e morreu com medo de tudo? Quando é que Roberto, anjo exterminador, chegará ao bairro para consumar a sua vingança?

Memórias, embustes, traições, homicídios, sermões de pastores evangélicos, crónicas de futebol, gastronomia, um inventário de sons, uma viagem de autocarro, as manhãs de Domingo, meteorologia, o Apocalipse, a Grande Pintura de 1990, o inferno, os pretos, os ciganos, os brancos das barracas, os retornados: a Humanidade inteira arde no Bairro Amélia.

Quem é Bruno Vieira Amaral?

É um dos escritores contemporâneos mais significativos da literatura portuguesa. Nascido no Barreiro, as suas obras refletem o universo dos bairros periféricos da margem sul do Tejo, abordando temas como a marginalidade, a identidade racial e a experiência do regresso ao lugar de onde se partiu, seja através do regresso ao bairro de infância ou ao país de nascença, como no caso dos, assim chamados, “retornados”. O autor ganhou o Prémio José Saramago em 2015 pelo seu romance de estreia, As Primeiras Coisas, e recebeu também o Prémio Fernando Namora e o Prémio PEN Narrativa. A sua escrita combina análise social com narrativas onde viajamos ao núcleo da emoção, ao indizível humano, que causa na personagem a perplexidade vencida pela acomodação e pelas condições externas.


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