sexta-feira, 28 de maio de 2021

CLUBE DE LEITURA - JUNHO

Com uma periodicidade mensal (à exceção de agosto), o Clube de Leitura destina-se a promover o prazer da leitura partilhada. 

As reuniões decorrem à volta de um livro previamente escolhido e lido por todos, proporcionando a convivência e a discussão entre quem gosta de ler e explorar os livros lidos, tornando a experiência da leitura ainda mais estimulante. Pontualmente poderá ter um escritor/dinamizador convidado.

O Clube de  Leitura reunirá a 24 de junho de 2021, pelas 21h00, para a abordagem da obra "Lá, onde o vento chora" de Delia Owens.

 


 

 

Sinopse: Kya tem apenas seis anos de idade quando vê a mãe sair de casa, com uma maleta azul e sapatos de pele de crocodilo, e percorrer o caminho de areia para nunca mais voltar. À medida que todas as outras pessoas importantes na sua vida a vão igualmente abandonando, Kya aprende a ser autossuficiente: sensível e inteligente, sobrevive completamente sozinha no pantanal a que chama a sua casa, faz amizade com as gaivotas e observa a Natureza que a rodeia com a atenção que lhe permite aprender muitas lições de vida.

O isolamento em que vive durante tantos anos influencia o seu comportamento: solitária e fugidia, Kya é alvo dos mais cruéis comentários por parte dos moradores da pacata cidade de Barkley Cove. E quando o popular e charmoso Chase Andrews aparece morto, todos os dedos apontam na direção de Kya, a miúda do pantanal. É então que o impensável acontece.

Neste romance de estreia, Delia Owens relembra-nos que somos formatados para sempre pelas crianças que um dia fomos e que para sempre estaremos sujeitos aos maravilhosos, mas também violentos, segredos que a natureza encerra.

Quem é Delia Owens?


 

Delia Owens é coautora de três livros de não ficção, sucessos de vendas internacionalmente reconhecidos, sobre a sua experiência como cientista da vida selvagem, em África. Zoóloga formada pela Universidade da Geórgia, tem ainda um doutoramento em comportamento animal pela Universidade da Califórnia. Venceu o John Burroughs Award para artigos sobre Natureza. Foi publicada em várias revistas de referência na área da ecologia e da vida selvagem.

Delia Owens vive em Idaho. Lá, onde o vento chora é o seu primeiro romance.

 

Críticas

Não consigo expressar o quanto adorei este livro! Não queria que esta história terminasse.

Reese Witherspoon

Críticas de imprensa

«Dolorosamente bonito. Uma história de crescimento e solidão que é também um mistério e ainda uma celebração da Natureza.»

The New York Times Review

De partir o coração. Uma nova abordagem sobre o isolamento e a natureza, na perspetiva de uma mulher, e também uma envolvente história de amor.

Entertainment Weekly

Irresistível e original. Um mistério, um drama, um romance e uma história de crescimento. Lá, onde o vento chora é lindo e comovente. Os leitores não esquecerão Kya durante muito e muito tempo.

ShelfAwareness

 

Uma história que prende

Rute S

Este livro refere o preconceito, ainda enraizado em algumas sociedades, fala sobre o abandono e a solidão. A história de Kyra e a sua ligação com a natureza consegue cativar o leitor. Quando todos a abandonam, sobraram apenas os animais e a natureza, que a acompanham no seu crescimento.

Sublime

Emília Barros

Uma história que ficará para sempre no nosso coração e na nossa mente. Faz-nos pensar na condição humana e no quanto o preconceito e as atitudes dos outros podem influenciar a nossa forma de encarar o mundo. Comovente! 

O lugar da ação

A ação de "Where the Crawdads Sing" ("Lá onde o vento chora", na versão portuguesa) decorre nos pântanos costeiros da Carolina do Norte, em torno da cidade de Barkley Cove. Segundo diz a própria autora no livro, o Pantanal fica no "Cemitério do Atlântico", costa da Carolina do Norte conhecida por este nome devido ao elevado número de naufrágios aí ocorridos. 

 

Barkley Cove não é um lugar real, é uma cidade pesqueira fictícia. A escritora situa esta cidade a uma 1 hora e 35 minutos (viajando de autocarro) de Greenville (essa sim, uma cidade real da Carolina do Norte).

 

Além de Greenville (onde Kya vai para se encontrar com o seu editor), outras cidades da Carolina do Norte são referidas: Ashville (de onde era natural o pai de Kya e onde ela vai com Chase, ficando num motel), Chapel Hill (onde fica a Universidade para onde Tate vai estudar e que fica a 180 km de Greenville) e Cypress Cove (cf mapa da Carolina do Norte). 

 

O outro mapa, a preto e branco, aparece na versão do livro eletrónico e ajuda a localizar os diferentes locais por onde Kya se desloca: a sua cabana, a cabana de leitura, Point Beach, o cais onde Saltos vende a gasolina, Colored Town, onde vive Saltos, Barkley Cove e a Torre de Vigia. 





Kya gosta de ouvir Chase tocar harmónica quando vai passear com ele no Pantanal.

São referidas três canções populares americanas interpretadas por Chase  na sua harmónica: Shenandoah, Dixie e Michael Row the Boat Ashore.

Shenandoah: também conhecida por "Across the Wide Missouri", é uma música tradicional americana de origem incerta, sendo datada do início do século XIX. Era cantada por viajantes que viajavam pelo rio Missouri em canoas. A canção fala de um comerciante que viaja de canoa e quer casar com a filha do chefe nativo Shenandoah. Há inúmeras versões mas eu gostei muito desta interpretada por Bruce Springsteen.

Dixie: também conhecida como "I wish I was in Dixie" ou "Dixie's Land", é uma música muito popular nos Estados Unidos. Dixie é uma região composta por vários Estados do Sul. A canção foi criada na década de 1850 e rapidamente se tornou famosa. Para muitos, é vista como algo de ofensivo e cantá-la é considerado como ato de simpatia pela Confederação. Em anexo uma versão de Bob Dylan.

Michael Row the Boat Ashore: é um espiritual afro-americano, cantado inicialmente por escravos da Ilha Santa Helena, na Carolina do Sul, durante a Guerra Civil americana. A versão mais famosa é a do grupo The Highwaymen, gravada em 1960.
















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